MP de Ubatuba recomenda que Prefeitura e Câmara suspendam a votação da PL 08/21que permite a verticalização

O Ministério Público de Ubatuba encaminhou documento à Prefeitura e à Câmara Municipal da cidade recomendando a suspensão de tramitação e votação de projeto de lei 08/21, que propõe alterações na lei de uso e proteção do solo. O documento foi encaminhado pelo promotor Bruno Orsini Simonetti.

No documento, o promotor recomenda que  Prefeitura e Câmara “não submetam à apreciação dos vereadores ou que seja paralisado o trâmite de qualquer outro projeto de lei que verse sobre a ordem urbana sem que tenha sido incluída a revisão do Plano Diretor Municipal e tenha sido previamente submetido  e aprovado , por iniciativa do Poder executivo, pelo Conselho Municipal da Cidade”.

 

A decisão do MP atende solicitação feita por mais de 54 entidades contrárias ao projeto de lei de autoria da prefeita Flávia Paschoal que pode permitir a verticalização no município. O MP concedeu um prazo até às 18 horas, do dia 7 de dezembro para manifestação do legislativo. Caso a Câmara não suspende a apreciação do projeto o MP deverá mover uma ação civil pública.

A ong Tamoio de Ubatuba comemorou a decisão do MP em sua página nas rede sociais:

Vitória da Sociedade Civil Organizada de Ubatuba.
Mais de 80 organização, grupos, associações de bairros, cooperativas, moradores, veranistas, unidos para que nossa cidade seja preservada, se tivesse dado tudo errado, teria válido a pena, pela união das pessoas, deixando as diferenças de lado, para cuidar desse paraíso, Cunhambebe sorri!
Salve Tamoio de Ubatuba🛶 cada guerreiro, vocês o que são! Gratidão.

 

O projeto de lei 08/21, foi tema de audiência pública realizada na segunda-feira (29), onde as entidades representadas se manifestaram contra a PL08/21 alegando que a proposta atende apenas aos anseios dos empresários do setor imobiliário interessados na expansão de seus negócios.

 

As entidades alegam ainda que a cidade na possuí saneamento básico e nem sistema viário para liberação de novos prédios. Elas cobram ainda a criação do Conselho da Cidade e que qualquer revisão no plano diretor seja feita com a participação e aprovação da sociedade civil.

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