MP instaura inquérito para apurar suposta cobrança de propina por vereadores de Caraguatatuba

 

O Ministério Público de Caraguatatuba instaurou um inquérito para apurar suposta corrupção passiva por parte de vereadores do município. Uma denúncia anônima feita ao MP, anexou um vídeo, onde um radialista da emissora Caraguá FM comentou durante seu programa que vereadores teriam solicitado um “cafezinho” de R$ 40 mil de um empresário para instalação de um teleférico na cidade.  

 

O inquérito foi instaurado pelo promotor Renato Queiroz de Lima . Segundo ele, a denúncia feita ao MP foi acompanhada de um vídeo onde o radialista J.R.Forlim, da Caraguá FM, no programa Jornal Regional, comentou que um teleférico não foi implantado em Caraguatatuba porque na ocasião, vereador ou vereadores, teriam cobrado um “cafezinho” de R$ 40 mil cada um. O empresário teria desistido de instalar o equipamento.  

 

O promotor informou que o prefeito Aguilar Junior e o radialista Forlim deverão ser ouvidos no inquérito para que ambos possam esclarecer o caso. O promotor disse ainda que encaminhou o vídeo para a polícia com o pedido de abertura de inquérito policial para apurar a suposta corrupção praticada por vereadores.   

 

Encaminhamos pedido de informações para as assessorias de Imprensa do prefeito Aguilar Junior (MDB) e, também, do presidente da Câmara Municipal, Tato Aguilar. A Câmara Municipal de Caraguatatuba informou que até o presente momento não recebeu qualquer informação ou citação referente a esta questão. A assessoria de Imprensa da Prefeitura não se manifestou.   

 

Radialista 

 

O radialista J.R.Forlim disse que realmente fez o comentário, mas que trata-se de um fato ocorrido na gestão do então prefeito José Pereira de Aguilar, pai do atual prefeito, durante os primeiros anos de seu governo.  José Pereira Aguilar foi prefeito de Caraguatatuba de 2005 a 2008.

 

“Perguntei, na ocasião, para o Aguilar, por que ele não tinha implantado o teleférico. Ele me respondeu que alguns vereadores teriam exigido R$ 40 mil do empresário que acabou desistindo de instalar o teleférico no município”, contou Forlim. 

 

Ele fez questão de deixar claro que em nenhum momento, em seus comentários, atuais, citou o nome de qualquer vereador supostamente envolvido no pedido de propina feito na época em que o caso ocorreu.  

 

Ele disse que recentemente, em entrevista feita com o atual prefeito Aguilar Junior, por ocasião do aniversário da cidade, em abril deste ano, teria comentado o caso do teleférico. “Foi o Aguilar pai quem me contou isso tudo. Nem sei quem era o presidente da Câmara e nem quem eram os vereadores na época”, afirmou Forlim. 

 

Indagado por que não denunciou o caso na época, Forlim disse que não levou o caso ao conhecimento do público e das autoridades porque não tinha provas. “Não tinha garantias, não tinha testemunhas e nenhuma prova sobre o que o então prefeito tinha me contado”, disse o radialista. 

 

 

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