EDP registra 58% de aumento nas ocorrências de fraudes de energia no Litoral Norte em 2022

De janeiro a junho a distribuidora recuperou mais de 5 mil Megawatts-hora (MWh), volume de energia suficiente para abastecer a cidade de São Sebastião por 5 dias.  

 

De janeiro a junho de 2022, a EDP, distribuidora de energia elétrica do Litoral Norte, registrou aumento de 57% no número de fraudes, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A concessionária atuou fortemente no trabalho contra as fraudes de energia. Conhecidas popularmente como “gatos”, estas ligações clandestinas expõem o responsável e toda comunidade a sérios riscos, como choques elétricos, curto circuitos e até incêndios.

Nos primeiros seis meses deste ano foram identificadas 745 irregularidades de energia em residências, comércios e indústrias da região. No mesmo período do ano passado foram 471 ligações clandestinas nos municípios de Caraguatatuba e São Sebastião. A energia recuperada pela EDP neste ano – 5 mil megawatts-hora (MWh) – é suficiente, por exemplo, para abastecer a cidade de São Sebastião por cinco dias.

A tecnologia é parte essencial no trabalho de combate às fraudes. Através do monitoramento remoto e de ferramentas de modelagem estatística, a companhia identifica com precisão as inconsistências na medição dos clientes, com alertas e mapeamento de suspeita de irregularidades e dessa forma realiza inspeções em campo em toda área de concessão, com equipes especializadas, munidas de equipamentos de última geração.A cada três inspeções realizadas nas cidades do Litoral Norte, é detectada pelo menos uma irregularidade na medição. Após o flagrante, o responsável pelo local é convidado a participar da apuração da energia furtada junto dos técnicos especialistas da empresa e, conforme regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), é realizada a cobrança de todo o valor não faturado durante o período do furto. O Artigo 155 do Código Penal Brasileiro prevê que o furto de energia é crime passível de multa e prisão de um a quatro anos.

Risco à vida 

Tentar mexer na rede de energia é muito perigoso e pode levar a pessoa à morte. Por este motivo, a EDP orienta a população a nunca se aproximar da rede de distribuição, em qualquer situação. De acordo com a Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia (Abradee) a ligação clandestina é quarta maior causa de morte no país relacionada à energia elétrica. Por este motivo, a EDP mantém campanhas de conscientização durante todo ano para que ninguém mexa na rede elétrica em qualquer circunstância.  Alertar a população, orientando crianças e adultos sobre os riscos das fraudes, é tarefa contínua da EDP que realiza projetos com as comunidades e escolas dos municípios onde a concessionária atua.

Furtos deixam energia mais cara 

O furto de energia, além de perigoso, contribui para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores, uma vez que a quantidade de energia perdida por fraude e os custos para identificar e coibir as irregularidades são levados em consideração pela Aneel para estabelecer o valor da tarifa de energia para cada área de concessão. O Estado de São Paulo também é prejudicado, já que deixa de arrecadar o Imposto sobre Comercio e Serviço (ICMS), cobrado na conta de luz, que poderia ser utilizado em benefícios à própria população.

Além do impacto financeiro, os furtos e fraudes de energia pioram a qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível a interrupções e oscilações no fornecimento de energia. “Na maioria dos casos, as ligações irregulares apresentam sérios riscos de acidentes tanto para quem está cometendo a fraude quanto para as pessoas que moram na casa e os vizinhos. Nossas ações de combate às perdas visam garantir a segurança e a qualidade do fornecimento de energia a todos os consumidores que pagam suas contas corretamente em dia.”, considerou Vanessa Lugon, gestora executiva da EDP.  

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