Assassinato da jovem Laryssa, em Caraguatatuba, completa três meses e segue sem solução

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) garantiu ontem, quinta(13), que o crime segue em investigação, que laudos ainda aguardam os resultados e que o caso está em segredo de justiça; morte brutal da jovem completa três meses nesta sexta-feira, dia 14

 

Por Salim Burihan

 

O assassinato brutal da jovem Laryssa Cristina Agostinho dos Santos, de 21 anos, ocorrido em Caraguatatuba, no Litoral Norte Paulista, completa nesta sexta-feira, três meses e segue ainda, segundo a polícia civil, sem solução. A jovem que desapareceu no dia 14 de dezembro, quando retornava do serviço para a sua casa, foi violentada e morta, sendo o seu corpo localizado dois dias depois, 16 de dezembro, em um matagal. A família cobra urgência das autoridades na identificação e prisão do autor ou autores do crime.

O caso de Laryssa foi tão violento e chocante como o que ocorreu com a adolescente Vitória de Souza, de 17 anos, encontrada morta em Cajamar(SP), recentemente. O caso de Vitória, no entanto,  ganhou repercussão nacional através de programas de televisão como o Jornal Nacional, o Fantástico e o Domingo Espetacular e por isso mobilizou a alta cúpula da polícia paulista para uma rápda solução e esclarecimento do caso.

Em Caraguatatuba, o caso segue ainda sem solução e a mãe da jovem, dona dona  Shirley Cristina, aguarda a cerca de três meses esclarecimentos da polícia civil sobre a morte da sua filha.  A mãe quer que a polícia identifique e prenda o autor ou autores do crime.

“A minha filha foi jogada como um bicho no mato e judiaram muito dela. Quando eu fui registrar o boletim eu disse que ela estava por aqui (na região onde o corpo foi encontrado). Coração de mãe não se engana. Eu falei: ‘foca aqui, vem aqui me ajudar e ninguém foi’. Fui só eu e o namorado dela. A polícia não foi.”, contou a mãe ao G1, durante o enterro da filha, no dia 17 de dezembro.

Segundo consta, os exames no IML, teriam demonstrado que a jovem teria sofrido várias lesões por ter lutado muito para tentar impedir a violência sexual. Ela teria sido morta asfixiada. A mãe quer saber quem matou a sua filha e a prisão do responsável ou responsáveis pelo crime. Dona Shirley Cristina tem afirmado que a filha não volta mais, mas quer saber quem matou e a prisão do responsável. ” Eu perdi um pedaço de mim”, lamenta a mãe, que trabalha com serviços gerais.

Dona Shirley afirmou no dia 10 de fevereiro, através das redes sociais que “Ele está solto , agora não tem mais nenhum suspeito no caso da minha filha, pq a investigação foi falha , eles erraram muito, perderam toda as provas ou evidências pq não fez a porra do trabalho direito, não isolaram o local , não buscaram a bolsa que eu achei, devolveram a bolsa de minha filha, acharam o sapato dela depois de cinco dias a três metros de onde o corpo foi achado, não fizeram o que era pra ser feito, teve muitas falhas”. A mãe lamentou, na ocasião, o fato da polícia não localizar nenhuma imagem da filha com o suposto assassino em câmeras de monitoramento que existem no trecho entre o supermercado e o local onde sua filha foi morta.

Oficialmente, a polícia civil de Caraguatatuba ainda não divulgou o autor ou autores da morte da jovem, ocorrida na cidade, entre os dias 14 e 16 de dezembro. O crime, ainda sem solução e identificação do autor ou autores, vai completar três meses no próximos dias.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou ao Notícias das Praias que o caso  é investigado pela Delegacia de Caraguatatuba, que realiza diligências visando o esclarecimento dos fatos. A equipe aguarda a conclusão de laudos que ainda não foram finalizados. A SSP-SP informou ainda que o caso envolvendo a morte de Laryssa, em Caraguatatuba, segue sob segredo de Justiça.

Relembre

Dona Shirley, mãe de Laryssa, cobra rapidez no esclarecimento o caso

Laryssa que trabalhava no supermercado Shibatão, desapareceu no dia 14 de dezembro quando retornava a pé do supermercado para a sua casa, no bairro do Jaraguazinho, que fica na entrada da cidade de Caraguatatuba. Como ela não chegou em casa, no dia seguinte, a família postou seu desaparecimento nas redes sociais.

No dia 16 de dezembro de 2024, o corpo da jovem foi encontrado em um terreno baldio próximo à ciclovia do bairro do Jaraguazinho. Laryssa tinha sido violentada e morta por asfixia, segundo a polícia. Um homem, suspeito pelo assassinato, teve a prisão temporária decretada pela Justiça. As investigações são conduzidas pela Polícia Civil. Os familiares ainda aguardam o desfecho do caso, ou seja, a identificação e prisão do autor ou autores da morte da jovem.

As últimas informações sobre o caso surgiram ainda no início de janeiro, quando o delegado titular de Caraguatatuba, João Marcos Noman de Alencar, em entrevista concedida à uma emissora de rádio, atualizou as  investigações sobre a morte da jovem.

Segundo o delegado, uma pessoa que tinha sido presa no dia 17 de dezembro (um dia após a localização do corpo da jovem), que permanecia presa temporariamente, com aval da justiça, era considerada o autor do crime. Esse homem, segundo o delegado, teria reconhecido, durante o seu depoimento, a foto da jovem e afirmado que teria ficado com ela por cerca de uma hora e meia na noite do seu desaparecimento.

Para o delegado, outras duas pessoas também teriam participado do crime. O delegado detalhou que dois suspeitos tiveram seus materiais genéticos coletados para que sejam comparados com o material coletado de Laryssa no local onde ocorreu o crime. Segundo ele, essas avaliações e comparações de DNA da vítima e dos suspeitos, levariam um pouco de tempo, mas que o caso vinha sendo tratado com prioridade total por parte da Policia Civil de Caraguatatuba.

O NP enviou e-mail para a Secretaria de Segurança Púbica do Estado de São Paulo cobrando atualizações sobre as investigações que visam esclarecer, identificar e prender o autor ou autores do crime que abalou a cidade de Caraguatatuba.  A SSP-SP se manifestou na tarde de ontem, quinta-feira, dia 13, informando que o caso segue em investigação, aguardando os laudos, DNA coletados dos supostos suspeitos e sob segredo de justiça.

 

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