Operação Tacitus
A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) deflagraram, na manhã desta terça-feira (17/12), a Operação Tacitus, com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e a crimes contra a administração pública (corrupção ativa e passiva).
Nesta terça, 130 policiais federais, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, dão cumprimento a oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança, Igaratá e Ubatuba. Em Ubatuba, no litoral norte paulista, os agentes fizeram busca e apreensão em uma casa de veraneio na praia de Itamambuca.
A investigação partiu de análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada e depoimentos. Tais elementos revelaram o modo complexo que os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa.
Os investigados, de acordo com suas condutas, vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão.
A denominação da operação “Tacitus” vem do termo em latim que significa silencioso ou não dito. É uma alusão à forma de atuar da organização criminosa. Entre os presos estão o delegado de polícia, Fábio Baena, o investigador de polícia, Eduardo Monteiro e Rogério de Almeira Felício. Todos eles figuram entre os delatados por Vinicius Gritzbach, empresário ligado ao Primeiro Comando da Capital, que foi morto no dia 8 de novembro no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
O advogado Daniel Bialski, que representa Baena e Eduardo Monteiro alegaram que “ a prisão hoje cumprida não possui necessidade, idoneidade e se constitui em arbitrariedade flagrante”. Outros dois policiais civis, que também foram presos são Marcelo Ruggeri e Marcelo “Bombom”. O policial Rogério de Almeida Felício está foragido. A operação ainda está em andamento.