Tribunal de Justiça nega revogação de ordem de prisão de vereador eleito em São Sebastião

 

A 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, negou ontem, terça-feira, dia 12, o pedido de revogação da ordem de prisão contra Thiago Bally, eleito vereador pelo PSDB este ano em São Sebastião, no Litoral norte Paulista. A informação é do portal G1.

Thiago é suspeito de ter envolvimento em um assassinato de um jovem, ocorrido em abril, em Juquehy, na costa sul do município. A Justiça tinha determinado a prisão preventiva dele no dia 20 de outubro. A defesa de Thiago recorreu solicitando a revogação do pedido de prisão, mas a solicitação não foi acatada pela Justiça.

A defesa de Thiago alegou que a Justiça não tinha requisitos necessários para solicitar a prisão dele e que Thiago tem ocupação lícita e residência fixa. Os advogados dele alegaram ainda que  não existem provas de que Bally teve participação no crime.

A relatora Fátima Vilas Boas Cruz, da 4º Câmara de Direito Criminal, alegou em seu parecer que Thiago  “é suspeito de haver cometido o crime de homicídio qualificado” e que “encontram-se presentes provas da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria que bem justificam a decisão de decretação da prisão preventiva do inculpado”.

A relatora afirmou ainda que a prisão “não significa ofensa ao princípio constitucional da presunção de inocência” e avaliou que para conceder a revogação do pedido de prisão, deveria haver “flagrante ilegalidade do ato ou no abuso de poder da autoridade”, o que, segundo a relatora, “não se verifica, no caso em análise, os requisitos necessários”, por isso negou o pedido de habeas corpus.

Thiago, sétimo vereador mais votado nas eleições de 6 de outubro em São Sebastião, eleito com 1.173 votos, permanece foragido da Justiça. A prisão preventiva dele foi decretada no dia 30 de outubro, pela juíza da Vara Criminal do município, Dra. Gláucia Fernandes Paiva, pelo suposto envolvimento de Thiago Bally no crime ocorrido em 6 de abril deste ano, que resultou na morte do jovem Victor Alexandre de Lima, de 22 anos.

Em depoimento feito à polícia civil na época do crime, Thiago negou sua participação ou envolvimento na morte do jovem. O Ministério Público, no entanto, o denunciou como mandante do crime. O vereador eleito teria um suposto desentendimento com a vítima e teria sido visto momentos antes do crime  no Sítio Velho, em Juquehy, local  onde o jovem foi morto a tiros.

 

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