Após parada para manutenção, entre 3 e 23 deste mês, a UTGCA de Caraguatatuba deve retomar suas atividades a partir deste domingo, dia 24; a unidade tem capacidade de processamento de 20 milhões de m3 de gás natural
A Petrobras anunciou na semana passada, dia 14, que registrou um novo recorde de processamento de gás natural do pré-sal da Bacia de Santos em 2023. A empresa atingiu a média diária de 25,25 milhões de m³, superando o registro de 2022 em cerca de 200 mil m³/dia.
O gás do Pré-Sal é processado nas unidades de Caraguatatuba (Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba- UTGCA), no estado de São Paulo; e de Macaé (UTGCAB), no Rio de Janeiro. Segundo a companhia, as melhorias na utilização dos ativos de processamento de gás natural contribuíram, decisivamente, para o resultado.
O diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, afirmou em entrevista concedida ao Portal Petronotícias que “O recorde histórico que alcançamos em 2023 é fruto da sinergia entre nossas equipes e do foco em rentabilidade e eficiência que empregamos para uma maior oferta do produto ao mercado”.
A Petrobrás acredita que o processamento de gás deverá continuar crescendo com a entrada em operação ainda em 2024 do gasoduto Rota 3, cujo gás será processado em uma planta com capacidade de 21 milhões de m³/dia no Polo Gaslub, em Itaboraí (RJ).
Unidades de Tratamento
Em setembro do ano passado, a Petrobras havia anunciado que o processamento de gás natural em Caraguatatuba (UTGCA) e Cabiúnas (UTGCAB) tinha sido de 28,96 milhões m³/d de gás naquele mês, batendo o recorde do pré-sal da Bacia de Santos. A marca anterior mais alta havia sido de 27,27 milhões m³/d em março de 2022.
Segundo a Petrobras, o destaque vinha sendo o desempenho na unidade UTGCA, que mantinha volume médio de processamento diário de 9,8 milhões de m³, com utilização recorde do duto que liga os campos da região do pré-sal com a plataforma de Mexilhão. O valor se aproximava da capacidade máxima do duto de escoamento entre a região do pré-sal e a Rota 1.
Segundo a Petrobras, 77% do gás natural recebido nessas duas unidades tem origem no pré-sal. Tanto a UTGCA quanto a UTGCAB recebem produtos dos campos de produção em mar, pré-sal e pós-sal. Eles chegam por rotas de escoamento, ou seja, tubulações que ligam os campos de produção em mar até as unidades em terra.
UTGCA
A Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) deve concluir neste sábado, dia 23, a Parada Programada de Manutenção, que foi iniciada no dia 3 deste mês.
O objetivo da parada realizada foi a inspeção geral em equipamentos como vasos, permutadores, torres e flautas para atender os requisitos legais da Norma Regulamentadora (NR 13) e para o atendimento ao Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos.
Durante a paralisação das atividades, também foram implementados projetos de melhorias no sistema de automação da Unidade, assim como o saneamento de emissões fugitivas, inspeções gerais na Estação de Medição, entre outras atividades.
A Parada foi iniciada a partir do bloqueio da fonte de alta pressão (gasoduto) e a plataforma de Mexilhão. Por meio de queima do inventário de gás na UTGCA houve despressurização do gasoduto Gasmex, conforme anuência do IBAMA.
A Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) tem capacidade de processamento de 20 milhões de m3 de gás natural, oriundo de diversas plataformas, interligadas à plataforma de Mexilhão. O processamento do gás na UTGCA dá origem ao gás natural, GLP e C5 + (parte líquida do gás).
A implantação da UTGCA em Caraguatatuba ocorreu durante a primeira gestão do presidente Lula e concluída na gestão de Dilma Rousseff, em 2013. Foi o maior investimento feito pelo governo federal no Litoral Norte Paulista nos últimos 20 anos. Cercam de 3 mil pessoas trabalham na unidade de Caraguatatuba.
*Com informações da Agência Brasil e Portal Petronoticias