Litoral Norte possui boas opções para turistas conhecerem animais e ambientes marinhos

O litoral norte paulista recebe em média 3 milhões de turistas ao longo da temporada de verão que vai do final de dezembro até o final do carnaval. Boa parte dos visitantes desconhece a riquíssima biodiversidade dos ambientes  marinhos e os animais que podem encontrar nas areias, costeiras e no mar das praias da região.

Existem três boas opções na região, que além de serem um ótimo passeio para toda a família nas férias, ajudam a saber detalhes da vida marinha: o Aquário de Ubatuba, o Tamar, ambos em Ubatuba e o Cebimar(Centro de Biologia Marinha) da USP ,em São Sebastião.

Alguns anos atrás, um grupo de pesquisadores de São Paulo preparou uma cartilha, ainda hoje, muito atual, que informa e orienta as pessoas que frequentam as praias paulistas durante o verão. No final do texto, detalhes da cartilha.

 

Uma opção bem bacana e que combina com as férias da garotada durante o verão é conhecer animais marinhos expostos no Aquário de Ubatuba, um dos mais completos do Brasil. No aquário os visitantes, além de conhecer as espécies expostas nos tanques, podem manter interatividade com os animais marinhos através de um tanque de toque.

Essa interação acontece em um tanque específico, onde os visitantes, sempre com acompanhamento de um monitor, podem aprender com maior facilidade conceitos de biologia e conservação, através do contato com os animais.

A Educação Ambiental é prioridade no Aquário de Ubatuba, que aplica o  conceito de edutainment* permitindo que os visitantes, ao mesmo tempo em que se descontraem em um passeio, aprendam e passem a valorizar e respeitar a biodiversidade aquática e marinha.

Desta forma, o idealizador do projeto, Hugo Gallo Neto, acredita estar contribuindo através da educação ambiental e do trabalho prático, para o conhecimento, valorização e consequente conservação dos ambientes costeiros e de água doce do país.

O Aquário possui 21 tanques, 110 espécies de animais, 430 animais, inclusive, tubarões e já foi visitado por 3 milhões de pessoas. Os ingressos individuais custa R$ 60,00 para adultos de 18 a 59 anos e R$ 30,00 para crianças de 4 até 17 anos, professores, estudantes e idosos. Crianças menores de 3 anos não pagam. O Aquário fica no bairro do Itaguá, em Ubatuba. Uma boa sugestão é o ingresso familiar  ( 2 adultos + 4 crianças ou idosos) que custa R$190,00. O Aquário abre todos os dias das 10 às 22 horas.

 

 

 

Outra opção legal, também, em Ubatuba, é visitar o Tamar, que fica na Rua Antonio Atanázio, nº 273, Jardim Paula Nobre. O Tamar abre todos os dias das 10h às 17h. O valor dos ingressos: Inteira – R$36,00 e Meia-entrada – R$ 18,00 (idosos acima de 60 anos, estudantes, professores, ID Jovem, crianças a partir de 6 anos). Passaporte família (dois adultos e duas crianças) – R$85,00 e Grupos acima de 20 pessoas (previamente agendado): R$ 34,00 por pessoa.

Inaugurada em 1991, a base da Fundação Projeto Tamar de Ubatuba foi a primeira instalada em uma área de alimentação das tartarugas marinhas no litoral brasileiro, tendo como principal objetivo mitigar os efeitos predatórios da pesca sobre esses animais. É a única base no Estado e está localizada na área central da cidade.

São seis tanques de observação de tartarugas marinhas e mais seis recintos com tartarugas terrestres e de água doce. Dentre eles, está o recém-inaugurado Recinto das Albinas, com quatro visores onde o visitante pode observar as tartarugas submersas, além do tanque principal com praia artificial e visor panorâmico.

Outra opção muito interessante é visitar o Cebimar(Centro de Biologia Marinha) que pertence a Universidade de São Paulo e fica na praia das Pitangueiras, no km 131,50 da rodovia Rodovia Manoel Hypólito do Rego, em São Sebastião. A visita monitorada é gratuita, mas tem que ser agendada antecipadamente pois a procura é muito grande durante o verão.

 

 

Durante as férias de verão este importante centro de pesquisas abre suas portas para visitas monitoradas que devem ser pré-agendadas. As visitas monitoradas ao CEBIMar/USP compreendem: excursão à praia e costões rochosos, com apresentação dos aspectos ecológicos dos ambientes marinhos e os impactos que vêm sofrendo; observação de pequenos organismos marinhos, usualmente amostras de plâncton, ao estereomicroscópio; visita à área de tanques com água do mar corrente, onde os visitantes podem observar mais de perto e tocar em alguns organismos marinhos vivos e receber informações sobre eles. Maiores informações podem ser obtidas através do e-mail: cebimar@usp.br

Cartilha

 

Para prevenir e tomar os primeiros cuidados em relação a animais marinhos, pesquisadores de São Paulo montaram uma cartilha anos atrás, ainda muito atual, que informa as pessoas que vão à praia no verão. A cartilha foi elaborada com ajuda dos profissionais do Cebimar, do Instituto Terra & Mar, e da Universidade Estadual Paulista( Botucatu).

Segundo um levantamento feitos pelos profissionais,  50% das ocorrências a beira mar são provocadas pelos ouriços-do-mar. Os espinhos desses invertebrados podem entrar na pele dos seres humanos ao pisar ou esbarrar neles. “Os ouriços são responsáveis por 50% dos acidentes e os bagres e águas-vivas juntos por quase todo o resto das ocorrências”, disse Álvaro Migotto, do Cebimar.

Como os ouriços vivem praticamente fixos sobre rochas ou no fundo arenoso das praias, não é muito complicado evitá-los. Andar com os pés protegidos, por exemplo, quando se caminha sobre os costões rochosos é uma decisão sensata. Os espinhos do ouriço liberam substâncias irritantes na pele. O mais indicado, depois do acidente, é procurar auxílio médico para que a assepsia do local seja bem feita. A dor pode ser minimizada com banhos de água quente no local afetado.

No caso das águas-vivas e caravelas, o banhista deve simplesmente evitar o local quando grupos desses animais forem vistos. O cuidado deve ser maior com as crianças, que são mais sensíveis às substâncias tóxicas liberadas por esses invertebrados. As águas-vivas são mais difíceis de serem vistas, mas a grande maioria delas é pequena e inofensiva. No caso das caravelas, também conhecida como “bexiguinhas”, elas podem ser identificadas com facilidade acima da lâmina de água.

É preciso tomar cuidado também na hora da caminhada na beira da praia para não pisar, por exemplo, em bagres mortos devolvidos pelo mar. O veneno desses peixes, quando inoculado na pele, pode trazer problemas sérios. O melhor a fazer nesses casos é mergulhar o ferimento em água quente por 30 a 90 minutos e correr para o médico. Além desses animais marinhos que mais causam problemas aos seres humanos dentro no mar ou próximo a ele, o folheto organizado pelos pesquisadores também aborda a prevenção de acidentes e os cuidados que devem ser tomados com esponjas, polvos, moreias, peixes-escorpião e raias.

A teoria do xixi 

 

Caravela no mar de Ilhabela

Consta a beira mar que quando um banhista é atingido por uma água viva ou caravela ela deve jogar xixi sobre o ferimento para amenizar a dor provocada pela queimadura.

Há duas razões para isso. A amônia e o calor da urina combatem as substâncias urticantes liberadas. Líquidos em temperaturas altas sempre são antídotos.

Qualquer veneno de peixe se degenera no calor, ensina o médico dermatologista  Vidal Haddad. Por isso, deixe o local machucado imerso em água quente entre 30 e 90 minutos. Compressas de água do mar e a aplicação de vinagre, segundo o dermatologista, também ajudam a aliviar a dor.

Segundo alerta o dermatologista Dantas Júnior, existem casos em que não se pode abrir mão do atendimento médico. Segundo ele, deve-se correr até o pronto-socorro se a vítima tiver alguns desses sinais, alarmes de que o veneno caiu na corrente sangüínea e pode estar gerando reações como a do choque anafilático: respirar com dificuldade, ficar zonzo, sentir o pulso bater mais forte, sofrer queda de pressão, acabar com uma vermelhidão muito forte no local.

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