Tradicional Regata Volta à Ilha acontece neste sábado(25) em Ilhabela

Regata decisiva, Volta à Ilha – Sir Peter Blake, está prevista para amanhã. sábado (25/11); prova com média 50 milhas (90 km) é a mais desafiadora da Copa Mitsubishi; foto capa: veleiros Tonka (01) e Caiçara KAT Technologies (09)/(Aline Bassi / Balaio de Ideias)

 

A tradicional Regata Volta à Ilha, disputada há 23 anos, desde a primeira edição da Copa Mitsubishi, em 2001, ganha importância neste ano por tornar-se a prova decisiva do Circuito Ilhabela de Vela Oceânica. A competitiva Classe C30 chega ao final da temporada com liderança do Caiçara KAT Technologies, barco do Pindá Iate Clube (PIC), de Ilhabela, tetracampeão de 2015 a 2018. A briga pelo segundo lugar está acirrada entre Tonka e Kaikias EMS, ambos do anfitrião Yacht Club de Ilhabela (YCI), e Bravo, do Iate Clube de Santos (ICS).

O equilíbrio da Classe C30 foi ratificado na terceira e penúltima etapa de 2023 no início de outubro, com vitória do Caiçara KAT Technologies por apenas dois pontos de vantagem sobre o Kaikias EMS. Neste ano, a C30 já correu 22 regatas na Copa Mitsubishi, com seis descartes. O Caiçara KAT Technologies soma 22 pontos perdidos, contra 35 do Tonka e 36 de Kaikias EMS e Bravo. O atual tricampeão (2020/21/22) é o Caballo Loco, atualmente, Tonka.

O comandante do Tonka, também diretor de Vela do YCI, Demian Pons, destaca o fim de semana repleto de atrações para os velejadores, na água e na terra. “Além da Regata Volta à Ilha, valendo o campeonato, as boas-vindas serão oferecidas às tripulações na sexta-feira à noite no Bar Seo Mazinho, tradicional reduto de velejadores, vizinho ao YCI, com música e cerveja. No domingo, durante a premiação da Volta à Ilha e da temporada de 2023, haverá um almoço especial no YCI com direito à tradicional canoa de cerveja”, avisa Demian.

Regata Volta à Ilha – A prova em homenagem a Sir Peter Blake teve início em 2001, ano em que o navegador e ambientalista visitou o YCI com o veleiro Seamaster, barco laboratório no qual desenvolvia a campanha Blake Expeditions, para alertar a população mundial sobre a contaminação das águas dos mares e rios do planeta. Após passar por Ilhabela, subindo a costa brasileira, Blake foi assassinado em seu próprio barco por piratas no Amapá, logo em seguida, em dezembro.

Com cerca de 45 milhas (aproximadamente 80 km), a Volta à Ilha é uma regata diferenciada em relação às tradicionais barla-sota (entre duas boias) e de médio percurso, disputadas no Canal de São Sebastião. Exige cuidados extras da tripulação em relação à manutenção dos equipamentos de bordo e provimentos. Pode tornar-se ainda mais desafiadora sob ventos fortes e contrários ou durar muitas horas em caso de calmaria. O recorde pertence ao Montecristo, de Ubatuba, estabelecido em 2014 com 6h05m12 após percorrer 47 milhas.

A Volta à Ilha tem largada prevista ao meio-dia  e o horário limite para as embarcações completarem a prova é às 11h de domingo (26/11). A Comissão de Regatas (CR) definirá se o percurso será por bombordo ou boreste. Além da Classe C30, disputam a regata as classes ORC, BRA-RGS A e Bico de Proa. As classes HPE 25 e BRA-RGS C correm a prova Ilha de Toque-Toque, em homenagem ao Dia do Marinheiro.

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