Com apoio do MPF, projeto divulga primeiras ações de recuperação socioambiental em São Sebastião

Plantio de sementes e articulação com moradores são algumas das iniciativas já empreendidas pelo Instituto Conservação Costeira. Confira o relatório das ações abaixo:

Leia a íntegra do primeiro relatório de atividades do projeto “Restaura Litoral Norte”

Fotografia de pessoas reunidas na areia da praia com vegetação ao fundo

Foto: Divulgação

O Instituto Conservação Costeira (ICC) deu início ao projeto “Restaura Litoral Norte”, de recuperação socioambiental das áreas atingidas pelos fortes temporais de fevereiro de 2023. A iniciativa, que tem o apoio do Ministério Público Federal (MPF), pretende recompor a vegetação de encostas onde houve deslizamentos e integrar a população local nesse trabalho, por meio de ações educativas e a realização de oficinas. Com execução prevista em 36 meses, o projeto já desenvolveu uma série de atividades entre janeiro e fevereiro. A expectativa é de que os resultados comecem a aparecer em breve, como demonstra o primeiro relatório divulgado pelo ICC.

Nos primeiros dois meses de 2024, a equipe já realizou a dispersão de quase 56 quilos de sementes em 38 áreas de deslizamentos em São Sebastião (SP). As encostas estão situadas nos arredores da Barra do Sahy e da Praia da Baleia, inclusive nas ilhas próximas. Em maio, o ICC deve consolidar os primeiros resultados de monitoramento. O plantio contou com o uso de drones para o lançamento das sementes, que deverão gerar árvores de 20 espécies da Mata Atlântica. Ao final do projeto, o Instituto pretende plantar cerca de 30 milhões de árvores, em uma área total de 203 hectares.

Também entre janeiro e fevereiro, o ICC iniciou os trabalhos de conscientização e sensibilização da comunidade local sobre a importância do projeto. Nessa primeira etapa, o Instituto vem promovendo apresentações que buscam engajar a população no “Restaura Litoral Norte”. No segundo semestre, a equipe planeja a realização de oficinas socioambientais, baseadas em metodologias participativas que aproximem ainda mais os cidadãos aos propósitos do projeto.

Ao mesmo tempo, o ICC vem atuando em conjunto com a comunidade escolar para o desenvolvimento de ações pedagógicas que preparem os estudantes para a proteção diante de eventos climáticos extremos. Os trabalhos incluem a articulação com professores e diretores de escolas da região para o planejamento de atividades com os alunos, como visitas à Área de Proteção Ambiental Baleia Sahy. A metodologia da iniciativa inspirou-se na campanha “Aprender para Prevenir”, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

“Os trabalhos do ICC de recuperação dos danos causados pela tragédia climática de 2023 são inovadores. Primeiro, por conjugar os componentes ambiental e social nessa restauração. Segundo, pelo uso da tecnologia na dispersão das sementes, o que viabiliza o replantio de espécies nativas em áreas de difícil acesso onde ocorreram os deslizamentos”, pontuou a procuradora da República Maria Rezende Capucci.

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