MP e PM prendem membros do PCC que coordenavam tráfico de drogas no CDP de Caraguatatuba

Nesta quarta-feira (5), a Promotoria de Justiça de Caraguatatuba, com apoio do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar, deflagrou a segunda fase de uma operação que tem como objetivo desmantelar associação criminosa que traficava drogas dentro da prisão da cidade. As investigações foram iniciadas em 2021.

A Justiça expediu oito mandados de prisão preventiva que estão sendo cumpridos em regiões de Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião. Três pessoas foram detidas e outras quatro investigadas já estavam presas. Uma pessoa segue foragida.

 

Oito mandados de prisão foram cumpridos nesta quarta-feira, dia 5

 

Durante a visita mensal realizada pela Promotoria, foi noticiada a localização de um aparelho telefônico dentro da prisão. Agentes penitenciários estariam recebendo pagamentos efetuados pela facção para ingressarem com drogas e aparelhos telefônicos no Centro de Detenção Provisória (CDP).

De acordo com a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Renato Queiroz de Lima, três presos orientavam os demais sobre o esquema de fornecimento de drogas no CDP de Caraguatatuba. Três mulheres, sendo duas delas esposas de presos, repassavam informações sobre a facção, sendo que uma delas também entrava com drogas no presídio enquanto outra ajudou a cooptar agente penitenciário.

 

Operação CDP

 

 

A primeira fase da operação foi realizada no dia 17 de dezembro de 2021. A operação foi para combater o tráfico de drogas no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caraguatatuba.  Na ocasião, foram presas duas pessoas, sendo um agente penitenciário e a companheira de um detento. Entre os investigados, estavam ainda três agentes penitenciários, que facilitariam o tráfico no CDP.

Em outubro do ano passado, duas pessoas investigadas no âmbito da Operação Proditio, sendo uma delas um agente penitenciário, foram condenadas por envolvimento com o tráfico de drogas na região de Caraguatatuba. A pedido do promotor de Justiça Renato Queiroz de Lima, o agente recebeu pena de 11 anos e oito meses de prisão, enquanto a mulher, que era sua amante, foi sentenciada a oito anos e nove meses. Em ambos os casos, o regime inicial de cumprimento será o fechado e haverá cobrança de multa.

Ficou comprovado que, conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público em janeiro deste ano, os dois réus se valiam da função de um deles para levar drogas até o Centro de Detenção Provisória de Caraguatatuba. As substâncias eram consumidas pelos detentos.

O homem condenado confessou ter levado drogas para a unidade prisional em ao menos quatro ocasiões. As investigações apontaram que a mulher tinha total ciência das substâncias ilícitas que foram encontradas na casa de seu parceiro, sendo ela também responsável pela entrada dos entorpecentes no presídio.

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