Líder indígena da aldeia Tekohá Dje’y, de Paraty, participa de reuniões em Brasília

A vice-cacique também foi recebida pela Funai para tratar das demandas emergenciais

A líder indígena da Aldeia Tekohá Dje’y, em Paraty, Neusa Kunhã Takuá está em Brasília desde a tarde desta quinta-feira (26), onde participou de diversas reuniões e encontros com instituições governamentais e com entidades indígenas.

 

Logo na chegada Neusa se reuniu com a Fundação Nacional do Índio (Funai) para tratar das pautas emergenciais da aldeia, como a situação da segurança dos indígenas que vivem na localidade de Rio Pequeno, e da demarcação de terras locais.

 

Segundo Neusa o encontro foi bastante produtivo e foram tiradas ações emergenciais que visam solucionar os problemas mais urgentes da aldeia. Ela informou que a Funai vai fazer os encaminhamentos do processo demarcatório da terra indígena, para que a portaria declaratória seja publicada em breve.

 

Esta semana, após a invasão da aldeia, o Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro entrou com ação civil pública para assegurar o direito à proteção na terra indígena Tekohá Dje’y. Na ação o MPF pede providências ao Estado e à Funai para que a escala de violência contra os indígenas chegue a o fim.

 

O MPF solicitou que o estado do Rio de Janeiro capacite e treine as forças de segurança em Angra dos Reis e Paraty para lidar com questões específicas relacionadas ao povo guarani, como tradições, costumes e direitos. À Funai caberá elaborar protocolos de cooperação e mecanismos de comunicação para estabelecer com clareza as respectivas responsabilidades a fim de evitar conflitos de atribuições em relação à segurança da comunidade indígena.

Nesta sexta-feira (27), Neusa Neusa participou da reunião com a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancelstralidade, que organiza a Pré-Marcha das Mulheres Indígenas, marcada para acontecer no período período de 30 de janeiro a 1º de fevereiro, em Brasília.

 

A Pré-Marcha das Mulheres Indígenas tem como objetivo debater de modo coletivo, perspectivas de incidências em espaços como no Ministério dos Povos Indígenas, Congresso, Fundação Nacional dos Povos Indígenas e a Secretaria Especial de Saúde Indígena, e estimular debates para construir a Terceira Marcha das Mulheres Indígenas, que está prevista para o mês de setembro deste ano.

Texto: Mônica Marins/Foto: Divulgação

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