Justiça condena 12 pessoas ligadas a facão criminosa em Caraguatatuba

Denunciadas pelo MPSP após Operação Forgotten deflagrada na cidade Caraguatatuba em dezembro de 2020, doze pessoas foram condenadas por crimes de integrar associação criminosa, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. As penas impostas aos réus vão de um ano e nove meses a 23 anos de prisão em regime fechado.

As investigações tiveram início a partir da localização de um automóvel que havia sido abandonado em Caraguatatuba com diversas perfurações feitas por armas de fogo. No interior do veículo, foi encontrado um telefone celular pertencente ao gerente de um ponto de tráfico na região. A análise de dados presentes no aparelho possibilitou identificar diversas práticas criminosas, incluindo homicídios cometidos por disputas entre facções rivais.

Um dos réus continua respondendo pelos fatos em autos desmembrados. O autor da denúncia é o promotor Renato Queiroz de Lima.

Operação

A  Operação Forgotten foi realizada no dia 1º de dezembro de 2020, envolvendo o MPSP, a Polícia Civil e Militar em Caraguatatuba, São José dos Campos e Caçapava. A operação cumpriu mais de 50 mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos no decorrer do inquérito policial.
Além do foco no tráfico de drogas, também foram investigados lavagem de dinheiro, clonagem de veículos, falsificação de cartões e homicídios cometidos durante o confronto de facções rivais, por pontos de tráfico de drogas no município e região. De acordo com as apurações, uma das lideranças dos traficantes operava a partir do município de Caçapava.
O Grupo Especial de Resgate (GER/DOPE) participou da operação em apoio ao efetivo local, que mobilizou cerca de 200 policiais civis e 70 viaturas. No total, treze pessoas foram presas e seis veículos recuperados. Foram apreendidos dezenas de documentos, celulares, maquinas de cartão, notebooks e drogas.

Um dos detidos foi um homem suspeito de chefiar o tráfico de drogas em Caraguá. Ele foi localizado em um condomínio de luxo em Caçapava. A investigação foi iniciada quatro meses antes, a partir de um aparelho celular esquecido por um homem envolvido com o tráfico de drogas. Em Caraguatatuba, a polícia cumpriu mandados nos bairros Pegoreli, Martin de Sá, Travessão e Perequê.

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