“Pesquisa” da Associação Comercial de Ubatuba garante que 77% reprovam cobrança da TPA no município

Segundo pesquisa realizada pela Associação Comercial de Ubatuba- ACIU nesta última quarta-feira, dia 26 de outubro, através de seus meios de comunicação, um total de 1.972 opinaram sobre a cobrança da TPA (Taxa de Preservação Ambiental).

 

 

A ACIU informou que 77,4% das pessoas participantes entendem que a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) prejudicará o turismo de Ubatuba.

 

 

A entidade informou ainda que 77,2% são contra a cobrança da TPA que será colocada em prática a partir do dia 10 de novembro, após alguns anos da aprovação da lei e de estudos.

 

 

A ACIU destacou ainda que 91,2% das pessoas que participaram da enquete não acreditam que a receita será revertida para o meio ambiente; outros , 84,9% não acham justo pagar a permanência na cidade e ainda pagar Zona Azul e, que,  83,8% se manifestaram contra a cobrança diária da TPA.

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A Taxa de Preservação Ambiental (TPA) foi aprovada faz tempo, mas de acordo com o presidente da ACIU, Ahmad Khalil Barakat, como já havia dito anteriormente em uma nota publicada, “a cobrança da TPA é desacreditada e pode por em risco o nosso movimento turístico no verão, pois mais de 70% acreditam nisso. Novos impostos não resolvem”.

 

Segundo Barakat, o que resolve é responsabilidade no uso do dinheiro público. “Nossa pesquisa mostra também que mais de 90% desacredita no uso do dinheiro para fins de preservação, o que corrobora com nossa opinião já dita antes, a TPA só vem para prejudicar ainda mais a nossa cidade”.

 

“Temos problemas maiores, a cidade como um todo está um caos, com mendicância, ruas esburacadas, falta de iluminação, resolver esses problemas deveriam ser PRIORIDADE”, conclui o presidente da ACIU.

 

TPA

Em Ubatuba, a sua implantação foi adiada por três vezes, a última delas, em julho passado. A TPA existe em vários municípios brasileiros como Ilha Bela, Fernando de Noronha (PE), Cairu – Ilha Morro de São Paulo (BA) e Bombinhas (SC).

 

Em Ilhabela, a cobrança existe desde 2007,mas foi suspensa em 2020, devido a problemas na licitação que visava contratar uma nova empresa para operar o sistema para a prefeitura.

 

Com a suspensão da cobrança, devido a impugnação do processo licitatório para contratação de empresa para gerenciar a TPA, o  município deixou de arrecadar cerca de R$ 9 milhões nos últimos dois anos.  A cobrança da TPA nunca afugentou os turistas da cidade.

 

Na Ilha, a cobrança da TPA foi questionada judicialmente por muitos anos, mas a cobrança foi considerada legal. A prefeitura utilizava o recurso para a preservação do meio ambiente e ajudar nas despesas com o transbordo do lixo para uma cidade do Vale do Paraíba.

 

Em 2020, os vereadores reajustaram os valores da TPA: R$ 5 para motos; R$ 30 para veículos de pequeno porte; R$ 35 para veículos utilitários; R$50 para vans; R$ 55 para caminhões; R$ 80 para micro-ônibus; e R$ 100 para ônibus. Carros com placas de Ilhabela ou São Sebastião, ambulâncias e veículos oficiais continuam com isenção.

 

Os vereadores aprovaram, na ocasião, uma emenda obrigando a empresa que seria contratada a disponibilizar no site da Prefeitura Municipal todas as informações de movimentação de saída de veículos, bem como todos os valores gastos e arrecadados pela empresa mensalmente.

 

A prefeitura chegou a abrir o processo licitatório. A previsão de arrecadação, a partir de 2021, seria de R$ 4,8 milhões anuais. A licitação, no entanto, não avançou, foi suspensa por tempo indeterminado, devido aos pedidos de impugnação por parte de empresas participantes.

 

A prefeitura de Ubatuba criou a taxa para garantir despesas em infraestrutura, limpeza, saneamento básico, desenvolvimento de projetos ambientais e custeio em geral de operação relacionada ao meio ambiente. A Ecoubatuba prevê arrecadar R$ 1 milhão por mês.

 

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