Levado a julgamento em 13 de setembro após denúncia do MPSP, o homem que atirou em uma garota de programa em uma boate de Caraguatatuba foi condenado a 10 anos e seis de prisão por homicídio tentado. Os autos apontam que o crime foi praticado em virtude de disputas entre prostíbulos situados na cidade do litoral paulista.
Na denúncia, o promotor de Justiça Renato Queiroz de Lima narra que o réu, já condenado previamente por tráfico de drogas, e sua esposa são donos de uma casa noturna conhecida pela prática da prostituição. Em meio a conflitos com responsáveis por outros prostíbulos, o réu e a companheira passaram de carro em frente ao estabelecimento rival e, na ocasião, o homem disparou várias vezes contra o local, que estava em pleno funcionamento. A vítima levou um tiro na perna e quase foi atingida também na cabeça.
Em seguida, homem e mulher tentaram fugir, mas foram alcançados pela Polícia Militar. Segundo os agentes de segurança, a mulher estava ao volante com sinais de embriaguez e chegou a desobedecer a ordem de parada. Ela ainda irá a julgamento.
De acordo com o membro do MPSP, a dupla agiu com dolo eventual por assumir o risco de matar as pessoas que lá estavam, entre proprietários, frequentadores e funcionários.