Operação Resgate contou com a participação de 80 agentes, entre policiais civis e militares e promotores do Gaeco. Foto: Divulgação Ministério Público
O Ministério Público de São Paulo e de Minas Gerais deflagrou na manhã desta sexta-feira (24) a operação Resgate contra um grupo criminoso suspeito de desviar recursos públicos da saúde avaliado em R$ 17 milhões em Minas Gerais.
Os mandados foram cumpridos em Ubatuba e Limeira, no estado de São Paulo e nas cidades de Alfenas e Fama, no sul de Minas. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, sequestro e arresto de ativos (R$ 15 milhões), além de imóveis, veículos, moto-aquáticas, lanchas e outras embarcações utilizadas pelo grupo criminoso.
Em Ubatuba, por volta das 06h10min, pelo centro da cidade, policiais militares do 3° Batalhão de Ações Especiais de Polícia, prenderam um dos integrantes de uma organização criminosa, em ação conjunta com o GAECO de SP e MG. Além do indivíduo preso, foram apreendidos documentos e quatro celulares. A ocorrência foi apresentada na Delegacia de Ubatuba, onde o indivíduo permaneceu preso à disposição da justiça.
Resgate
A justiça determinou a quebra de sigilos bancários e fiscais das pessoas físicas e jurídicas envolvidas. Estiveram envolvidos na Operação Resgate, 50 Policiais Militares, 13 Policiais Civis, 2 Delegados, 5 Servidores do Ministério Público e 10 Promotores de Justiça. Segundo o Ministério Público, o esquema envolve, até o momento, 15 pessoas, organizações da sociedade civil e empresas.
As pessoas envolvidas são investigadas pelos crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao desvio de verbas da saúde pública de Minas Gerais. As investigações apontam a utilização de ‘laranjas’ e empresas com intuito de desviar recursos, dissimular e ocultar os reais beneficiários dos crimes, movimentando mais de R$ 17 milhões nos estados de Minas Gerais e São Paulo.