Gaivota ferida por apetrecho de pesca em Peruíbe teve pé esquerdo amputado

O Instituto Biopesca informou que mais uma ave marinha está recebendo os cuidados de sua equipe: uma gaivota. O instituto que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) encaminhou a ave para reabilitação na segunda-feira, dia 6. 

Trata-se de uma gaivota (Larus dominicanus), encontrada em Peruíbe no dia 17 de abril. A ave  apresentava um petrecho de pesca preso ao corpo, causando ferimentos nos pés e no pescoço, e passou por uma cirurgia. Além disso, o pé esquerdo já estava gravemente cortado pela linha e teve que ser amputado. Durante o tratamento, sua recuperação foi progressiva e já estava se alimentando voluntariamente antes de seguir para reabilitação. 

O instituto cuida também de um maçarico-branco (Calidris alba) que foi resgatado no dia 26 de abril em Praia Grande porque não conseguia voar. Esse paciente é um visitante ilustre, já que migra milhares de quilômetros. Parte de sua vida se passa no Ártico, de onde viaja para outros lugares do mundo. 

maçarico-branco em tratamento no Biopesca

Seu pequeno tamanho não impede que ele percorra esses longos trajetos: nosso paciente tem 60 gramas e o peso médio da espécie varia de 40 a 100 gramas ou até mais, dependendo do período de migração. Assim como a gaivota, a pequena ave reagiu bem aos cuidados e já estava alçando vôo no final do tratamento. 

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande. 

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelo telefone 0800 642 3341 (horário comercial).

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