Representantes do povo indígena Māori, da Nova Zelândia, visitam aldeia guarani Renascer, em Ubatuba

 

Representantes do povo indígena Māori, da Nova Zelândia, estiveram visitando a aldeia guarani Renascer Ywyty Guaçu,em Ubatuba, no Litoral Norte Paulista. 

 

A visita ocorreu no fim de semana passado, segundo informou, em suas redes sociais, o  cacique da aldeia Cristiano Kiririndju, atual coordenador de Políticas para os Povos Indígenas.

 

Segundo Cristiano, foi um encontro enriquecedor, marcado pela troca profunda de saberes culturais entre essas duas comunidades distintas. 

 

Durante esse intercâmbio, os Māori (Foto) compartilharam suas tradições ancestrais, ressaltando a importância da preservação da língua, danças rituais e a conexão intrínseca com a natureza. 

 

Por sua vez, a comunidade da aldeia Renascer Ywyty Guaçu apresentou suas práticas culturais, destacando a relação harmoniosa com a terra, suas cerimônias sagradas e a preservação das tradições transmitidas de geração em geração. 

 

“Essa troca não apenas fortaleceu os laços entre esses povos, mas também promoveu uma compreensão mais profunda e respeitosa das diversas culturas que coexistem em nosso mundo”, comentou Cristiano Kiririndju, atual coordenador de Políticas para os Povos Indígenas.

 

Maoris

 

Os Maoris são o povo indígena da Nova Zelândia, eles são Polinésios e compreendem cerca de 14 por cento da população do País. Maoritanga é o idioma nativo, que está relacionado ao Taitiano e o Havaiano.

 

Acredita-se que o Maori da Nova Zelândia migrou da Polinésia em canoas por volta do século 9 ao século 13 dC.

 

Atualmente o povo maori totaliza 15% dos habitantes da Nova Zelândia, mas continua exercendo um fascínio incomum sobre os turistas que percorrem as ilhas do Pacífico. 

 

A maior parte deles reside na Ilha Norte e apenas um quarto domina o idioma original. Em apenas alguns recantos maoris sua cultura é resguardada. A maioria deles pratica o ecoturismo, guiando turistas pelas florestas deste país.

 

Renascer

 

Encravada no litoral norte de São Paulo, dentro do Núcleo Picinguaba, em Ubatuba (um dos dez mais importantes do Parque Estadual da Serra do Mar), a Aldeia Renascer, tupi-guarani, concentra 20 famílias num total de 96 indígenas. 

 

A aldeia é símbolo da luta dos povos indígenas por seus direitos e autonomia, e berço do Cacique Cristiano. A Renascer é uma das comunidades indígenas mais organizadas de São Paulo, entre as dezenas de etnias presentes no estado, coabitado por Tupis-Guaranis, Guaranis, Terena, Kaingang e Krenak, dentre outras. 

 

A Aldeia possui uma escola indígena multilíngue, uma casa de reza e várias residências tradicionais para as famílias. Por iniciativa do CEPISP, a Fundação Florestal de São Paulo autorizou o credenciamento dos membros da aldeia para atuarem como “guardiões da Mata Atlântica”, com treinamento e apoio de drones e câmeras modernas. 

 

A Aldeia Renascer conseguiu recursos, por meio de emenda parlamentar, para a construção de um Centro Cultural e de Convenções Indígenas em seu território, com direito a alojamento especial para turistas e estudantes.

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