Ex-assessor de Clodovil Hernandes quer que prefeitura de Ubatuba cumpra a lei que homenageia o estilista e apresentador

Famoso estilista e apresentador de TV manteve casa de veraneio em Ubatuba até a sua morte em 2009. A casa, atualmente, abandonada e em ruínas, continua recebendo a visita de fãs de Clodovil, mas acesso ao imóvel não é permitido

 

Em 2021, a Câmara de Ubatuba aprovou por unanimidade o projeto de Lei 83/2021, de autoria do vereador Osmar de Souza (Republicanos), que instituiu no calendário oficial de Ubatuba ‘O Dia de Clodovil Hernandes’.

 

 

O projeto “obrigava” a prefeitura e a Fundação Cultural do município a promoverem todo o dia 17 de junho mostras artísticas e culturais destacando a importância do estilista e apresentador Clodovil, por tudo aquilo que ele teria feito em vida pela cidade.

 

 

O dia 17 de junho foi escolhido por ser a data do nascimento do estilista e apresentador. Clodovil Hernandes morreu em 17 de março de 2009, após ser registrada sua morte cerebral, causada por um acidente vascular cerebral (AVC). Ele tinha 71 anos de idade.

 

 

O publicitário e jornalista João Toledo, de 62 anos, ex-assessor e amigo do estilista e apresentador, conta que tem cobrado da Câmara e da Prefeitura o respeito à lei que criou o Dia de Clodovil Hernandes.

 

Publicitário e jornalista João Toledo ao lado de Clodovil quando era o assessor parlamentar do então deputado

 

 

“É preciso respeitar a lei e, principalmente, tudo aquilo que Clodovil fez por Ubatuba. A cidade tem uma dívida com ele. Clodovil divulgou muito a cidade em todos os programas de televisão que apresentou”, afirma João Toledo.

 

 

Ele próprio reuniu tudo que recebeu de presente de Clodovil para montar um espaço no Teatro Municipal Pedro Paulo. “Quadros, fotos, objetos que ganhei dele e que destinei para a prefeitura. Sumiram com tudo, mas fui atrás e resgatei. O espaço está lá”, garante.

 

 

Segundo Toledo, o povo ubatubense adorava o apresentador, mas a classe política tinha um pouco de receio dele. “Ele tinha programa de TV e depois foi deputado. Os políticos de Ubatuba tinham medo disso…”, comentou.

 

 

João Toledo lamenta a situação da casa onde morava Clodovil, hoje, praticamente, em ruinas. O local poderia ter sido transformado em um museu, mas segundo ele, não houve interesse dos políticos locais e, nem por parte da advogada Maria Hebe Queiroz, que cuidou do inventário do estilista e apresentador.

 

 

A mansão que Clodovil tinha na Praia do Léo, região norte de Ubatuba, chegou a ser avaliada em 1,5 milhão de reais, mas não conseguiu ser vendida nos dois primeiros leilões. Em 2019, a casa foi arrematada por 750 mil reais, mas o comprador desistiu e pediu na justiça o dinheiro de volta.

 

 

A casa está lá, abandonada. Um caseiro impede a presença das pessoas que continuam visitando o local, quase que diariamente, para fazer fotos. Apesar dos 14 anos de sua morte, Clodovil Hernandes ainda é atração em Ubatuba.

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