O Tribunal do Júri em São Paulo decidiu absolver os sete policiais civis de Campinas acusados por uma chacina durante operação em Caraguatatuba, em 2001. O julgamento iniciado ontem, segunda(14), foi encerrado na tarde desta terça-feira(15), na capital. A informação é do G1 Campinas.
Os policiais civis Marcos Antonio Manfrin, Alcir Biazon Junior, Nelson da Costa, Fábio Nunes de Arruda Campos, Sandro José da Costa, Rogério Luis Salum Diniz e Eudes Trevisan foram absolvidos. Na época da ocorrência, em 2001, eles pertenciam ao 4º Distrito de Campinas.
Os advogados dos policiais, Daniel Bialski, Ana Sawaya Carrilo e André Bialski encaminharam uma nota ao G1 Campinas, esclarecendo que “Desde o fato e durante todos esses anos de tramitação do processo, a defesa jamais desistiu de comprovar a inocência dos policiais, bem como que a regularidade e a legalidade da ação realizada. A reação e repulsa aos tiros desferidos pelos meliantes foi inevitável, restando comprovado que agiram no estrito cumprimento do dever legal. A absolvição hoje proferida é a demonstração disso”.
Condomínio
O caso ocorreu no dia 2 de outubro de 2001, em uma casa de um condomínio na Praia Martim de Sá(Foto acima), quando os policiais de Campinas, mataram Valmir Conti (Valzinho), Anderson Bastos (Anjo) e ainda Fábio Menengrone e Alexandre Carvalho.
Os dois primeiros, Valzinho e Anjo, eram integrantes da quadrilha comandada por Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, um dos bandidos mais temidos da região de Campinas. Andinho teria participado da morte do ex-prefeito Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, possivelmente, acompanhado de Anjo e Valzinho. O ex-prefeito de Campinas, Toninho do PT, foi morto no dia 10 de setembro, baleado dentro de seu carro, nas proximidades do Shopping Iguatemi, naquela cidade.
Os polícias de Campinas descobriram que o grupo estava escondido em Caraguatatuba. Chegaram durante a noite e segundo consta, ocorreu uma troca de tiros entre policiais e os supostos bandidos. Os quatros homens mortos, foram atingidos na cabeça. Na casa do condomínio, em Caraguá, foram localizadas duas armas 9 mm, que teriam sido utilizadas na morte de Toninho e durante um sequestro de um menino de 9 anos.
A ação foi considerada bastante suspeita, uma vez que, a seccional do Litoral Norte em nenhum momento havia sido informada da presença de policiais do 4º Distrito de Campinas, em Caraguatatuba. A ação dos policiais de Campinas, em Caraguatatuba, foi questionada pelo Ministério Público.