Cresce procura por ingressos para debates na Flip 2022

Desde a segunda-feira passada, dia 31, estão a venda os ingressos para o Programa Principal da 20ª Flip. A edição que celebra os 20 anos da festa acontece de 23 a 27 de novembro de 2022, trazendo para o centro de seus debates a pluralidade de visões e sensibilidades que estão em jogo na contemporaneidade.

Os ingressos para cada uma das 20 mesas serão vendidos separadamente pela plataforma de ingressos  INTI.

As entradas custam R$ 120 (cento e vinte reais), porém foi destinada uma cota de ingressos no valor de R$ 50 (cinquenta reais) para moradores de Paraty. Os ingressos a preços populares, no entanto, são limitados a 56 lugares para cada uma das 20 mesas do Programa Principal. Em ambas as modalidades, há uma cota de meia-entrada destinada a estudantes, jovens de baixa renda, pessoas com menos de 21 anos, pessoas com deficiência, profissionais das redes pública e privada de ensino do RJ, pessoas com mais de 60 anos. Em todas as situações, o Vale Cultura é aceito.

Em 2022, a Flip homenageia Maria Firmina dos Reis, escritora e educadora que, em 1859, lançou Úrsula, romance que inaugura, no Brasil, a linhagem da literatura abolicionista e que, após anos de apagamento, vem paulatinamente ganhando mais atenção, dentro e fora do Brasil. À autora serão dedicadas duas mesas na Programação Principal da festa.

A homenagem a Maria Firmina dos Reis reafirma o propósito da Flip de se conectar com pessoas das mais variadas origens e trajetórias para fazer o Brasil conhecer mais de si mesmo. E reforça o desejo de que a pluralidade de discursos possa ser ouvida em Paraty e levada para longe por cada pessoa que participar da festa.

A Festa Literária Internacional de Paraty – Flip celebra seus 20 anos, retomando as ruas e praças de Paraty. A edição acontece de 23 a 27 de novembro de 2022, trazendo para o centro de seus debates a pluralidade de visões e sensibilidades que estão em jogo na contemporaneidade. Confira a programação principal da festa.

 

Confira a Programação Principal da Flip 2022

 

Quarta-feira, dia 23

20h

Mesa 1: Pátrios lares

Mesa dedicada à autora homenageada pela Flip 2022, Maria Firmina Reis, que enfrentou anos de invisibilidade e esquecimento, mas produziu primorosos relatos para a história da literatura brasileira. Com especialistas na obra da autora e do período em que ela produziu, o painel pretende provocar um debate produtivo sobre gêneros literários, abolicionismos e a história do Brasil.

Ana Flávia Magalhães Pinto (DF)

Fernanda Miranda (BA)

Midria (SP)

 

Quinta-feira, dia 24

10h

 Mesa 2:  Minha Liberdade  

Esta mesa propõe uma discussão sobre uma autora sem rosto, cujos escritos permanecem ainda pouco pesquisados. Trata-se do encontro de intelectuais que pesquisam a literatura brasileira e o período em que Maria Firmina dos Reis atuou. Em diálogo, eles podem nos ajudar a entender de que forma a produção da autora contribui para o pensamento sobre o Brasil, sobretudo a partir da Independência.

Lilia Schwarcz (SP)

Eduardo de Assis Duarte (MG)

 

12h

Mesa 3: A literatura em que habito

A mesa põe em cena escritas profundamente ligadas ao deslocamento, entreculturas, línguas e formas artísticas. Diversos trânsitos migratórios fazem de suas obras um entre-lugar em que se experimentam sentimentos de pertencimento e desarraigo, em que o sentido precisa ser constantemente retraduzido.

Bessora (França, Gabão, Suíça)

Carol Bensimon (RS)

Prisca Agustoni (MG)

 

19h

Mesa 4: O corpo de imagens

Este encontro instiga reflexões sobre as conexões entre performance, poesia, fotografia, literatura e artes visuais, com a participação de artistas que compõem obras em suportes, linguagens e formatos variados.

Lenora de Barros (SP)

Ricardo Aleixo (MG)

Patricia Lino (Portugal)

 

20h30 

Mesa 5: A festa das irmãs perigosas

Reúnem-se nesta mesa escritoras que inspiram novas formas de contar, seja por meio da desorganização dos gêneros literários canônicos, seja pela discussão profunda de gênero, seja – ainda – pela criação de novas linguagens na literatura, no cinema e no teatro.

Camila Sosa Villada (Argentina)

Luciany Aparecida (BA)

 

Sexta-feira, 25 

10h

Mesa 6: Ainda longos combates

Alusiva ao centenário da Semana de Arte Moderna, a mesa coloca frente a frente intelectuais que discutem as implicações de uma noção de brasilidade na literatura. Pensando no cânone brasileiro, eles colocam em pauta a contribuição de autores marginalizados para a criação de uma identidade que seria colocada em xeque pela Semana de 22.

Allan da Rosa (SP)

Eduardo Sterzi (RS)

 

12h

Mesa 7:  Risco e transformação

Um encontro entre diferentes gerações de escritoras que trabalham com linguagens artísticas, e, ao se cruzarem em seus trabalhos, trazem uma discussão sobre as pontes entre poesia e artes visuais, feminismos e outros ativismos.

Cecilia Pavón (Argentina)

Fabiane Langona  (RS)

 

15h

Mesa 8:  O que deixaram para adiante

Esta mesa põe em diálogo autores que se apropriam de elementos presentes em discursos e tradições variados para reinventar gêneros e ressignificar acontecimentos, colocando genealogias em choque e questionando o presente.

Ladee Hubbard (EUA)

Geovani Martins (RJ)

 

17h

Mesa 9: E se eu fosse

A mesa reúne autores que borram as fronteiras entre o eu ficcional e o eu autoral. Com trabalhos tão genuínos quanto controversos por sua ruptura com o decoro, eles levantam questões sobre a politização da arte e os limites entre literatura, vida, texto, autoria e voz narrativa.

Amara Moira (SP)

Ricardo Lísias (SP)

 

19h

Mesa 10: Do mal que tu me deste…

A mesa reúne escritores que embaralham os gêneros literários com narrativas que explicitam as relações entre ciência, sociedade e literatura. A imaginação dos autores se alia a escritas que põem em suspenso as fronteiras, as definições e os limites do literário para indagar a ética da existência humana.

Benjamin Labatut (Chile)

Luiz Mauricio Azevedo (RS)

 

20h30

Mesa 11:  Livre e infinito

Mesa dedicada à artista Claudia Andujar, com a participação de duas gerações de fotógrafas brasileiras comprometidas com a Amazônia e os direitos humanos.

Davi Kopenawa (RR)

Nair Benedicto (SP)

Nay Jinknss (PA)

 

Sábado, 26 

10h

Mesa 12:  Cidades e floresta

O músico paratiense Luís Perequê, a educadora, filósofa e artesã Cris Takuá e o líder e cineasta indígena Carlos Papá, ambos do povo Guarani Mbya, trazem os saberes ancestrais e práticas locais para o centro do debate sobre a construção de sistemas abertos de cidade.

Luís Perequê (RJ)

Carlos Papá (SP)

Cristine Takuá (SP)

 

12h

Mesa 13Memória Flip 20 anos

Autores que participaram das primeiras edições da Flip discutem os rumos, produções e movimentos dos últimos vinte anos do cenário literário nacional e internacional.

Pauline Melville (Guiana)

Bernardo Carvalho (RJ)

 

15h 

Mesa 14: Diamante Rubro

As autoras reunidas aqui desviam-se da simplificação e se abrem a ambivalências. Elas ressignificam a ideia de narrar os acontecimentos, inspirando um exercício do ofício literário que está em constante combate com a realidade. Com linguagens construídas à luz de suas experiências, elas lançam reflexões sobre o papel da arte e a força da escrita.

Annie Ernaux (França)

Veronica Stigger (RS)

 

17h

Mesa 15: Desterrando o susto

A mesa propõe o encontro entre duas autoras que escrevem sobre solidão, ruptura e travessias. Com desejo e bravura, em viagens pelo mar e pela terra, elas incentivam a criação de novos espaços para criação e imaginação do público.

Nastassja Martin (França)

Tamara Klink (RJ)

 

19h

Mesa 16: Entrar no bosque de luz

A mesa propõe o encontro de duas pensadoras de grande talento narrativo e perspectivas sócio-históricas diversas, de modo a pensar como a escrita e a imaginação constituem o espaço para rever, a contrapelo, o papel de mulheres e escravizados, entre outros, na tessitura do cotidiano.

Saidiya Hartman (EUA)

Rita Segato (Argentina)

 

20h30

Mesa 17: Palavra livre

A mesa panlusófona responde à emergência de novas vozes, às margens dos espaços clássicos de consagração literária, a sua força lírica, a um só tempo poética e política. Ao mesmo tempo, em diálogo com outras linguagens, a mesa contempla a performance e a memória do corpo, que se reafirmam nas artes dramáticas e na própria escrita.

Alice Neto de Sousa (Portugal)

Lázaro Ramos (BA)

Midria (SP)

 

Domingo, 27

10h

Mesa 18O brando leque do gentil palmar

Esta mesa reúne  escritoras que incorporam causas e clamores coletivos nas mais variadas manifestações, expandindo os limites do que é lido como periférico, de Cuba ao Sertão brasileiro. Cada uma à sua maneira, as escritoras desnaturalizam olhares sobre o feminino e o feminismo com suas poéticas.

Teresa Cárdenas (Cuba)

Cida Pedrosa (PE)

 

12h

Mesa 19Encruzilhadas do Brasil

Um diálogo que discute quais ideias sobre o Brasil, real ou imaginado, mobilizam sua criação, assim como de que forma outras manifestações artísticas influenciam a sua produção, expandindo ou misturando gêneros literários.

Cidinha da Silva (BH)

Cristhiano Aguiar (PB)

 

15h

 Mesa 20: Livros de cabeceira

Como já é tradição na Flip, autores convidados reúnem-se para ler trechos de suas obras preferidas na última mesa da Festa Literária, “Livro de cabeceira”.

 

 

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