Segundo o CCVT, mais moderno e seguro, o sistema é capaz de identificar com confiabilidade, nas imagens de entrada, as faces cadastradas no banco de dados.
Considerado um dos mais renomados condomínios “pé na areia” do litoral paulista, o Costa Verde Tabatinga, localizado em Caraguatatuba, vai introduzir o controle de acesso através de Reconhecimento Facial.
O objetivo, segundo informou o presidente do CCVT (Condomínio Costa Verde Tabatinga), José Antônio Khattar, é minimizar ainda mais o risco de entrada de pessoas não autorizadas.
Num comunicado feito aos condôminos, no site do condomínio, Khattar, alegou que o sistema é rápido e seguro. Ele destacou que, atualmente, a Diretoria do CCVT estuda a viabilidade da instalar o sistema, bem como entrou em contato com algumas empresas que oferecem esse serviço, para saber em detalhes sobre a possível implantação no CCVT.
O sistema, após instalado, servirá tanto para prestadores de serviço, como para condôminos, visitantes e locatários, sendo necessário o cadastro de todos para entrarem no Condomínio, por meio de uma checagem da face por aparelho tipo tablete.
Assim que o rosto é capturado e reconhecido em um banco de dados, a tecnologia de portaria remota permite ou não o acesso da pessoa. O CCVT é considerado um dos mais seguro do país.
Atualmente, para adentrar as dependências do CCVT, é preciso ser cadastrado como proprietário, visitante ou prestadores de serviços dos condôminos(caseiros, jardineiros, eletricistas, seguranças e pedreiros, entre outros).
Os prestadores de serviços do hotel Tabatinga, por exemplo, são cadastrados e usam crachá para cruzar duas das três portarias do CCVT. Duas portarias ficam em frente a rodovia Rio-Santos e uma terceira, dá acesso até a praia, de uso exclusivo de proprietários e convidados.
Sistema
Confira detalhes do controle por reconhecimento facial, segundo a Kaspersky, criada desde 1997, com sede no Reino Unido, empresa especializada em segurança e proteção, uma das maiores na segurança biométrica.
Reconhecimento facial é uma forma de identificar ou confirmar a identidade de uma pessoa usando seu rosto. Os sistemas de reconhecimento facial podem ser usados para identificar pessoas em fotos, vídeos ou em tempo real.
O reconhecimento facial é uma categoria de segurança biométrica. Outras formas de software biométrico incluem reconhecimento de voz, impressão digital, retina ocular ou íris. Na maioria das vezes, a tecnologia é usada para segurança e aplicação da lei, embora haja um interesse crescente em outras áreas de uso.
Como funciona?
Muitas pessoas estão familiarizadas com a tecnologia de reconhecimento graças ao Face ID, que é usado para desbloquear o iPhone (no entanto, esse é apenas um aplicativo de reconhecimento facial). Normalmente, o reconhecimento facial não conta com um banco de dados vasto de fotos para determinar a identidade de uma pessoa; ele simplesmente a identifica e reconhece como sendo a proprietária única do dispositivo, limitando o acesso de outros.
Além de desbloquear telefones, o reconhecimento facial funciona fazendo a correspondência entre os rostos de pessoas que passam por câmeras especiais com imagens de pessoas em uma lista de observação. As listas de observação podem conter imagens de qualquer pessoa, incluindo pessoas que não são suspeitas de irregularidades; e as imagens podem originar-se de qualquer lugar, até mesmo de nossas contas de redes sociais. Os sistemas de tecnologia facial podem variar, mas no geral, tendem a funcionar da seguinte forma:
Etapa 1: Detecção do rosto
A câmera detecta e localiza a imagem de um rosto, sozinho ou no meio de uma multidão. A imagem da pessoa pode ser de frente ou de perfil.
Etapa 2: Análise do rosto
Depois, uma imagem do rosto é capturada e analisada. A maioria das tecnologias de reconhecimento facial conta com imagens 2D em vez de 3D, porque é mais conveniente fazer a correspondência de imagens 2D com fotos públicas ou de um banco de dados. O software faz a leitura da geometria do seu rosto. Os principais fatores são a distância entre seus olhos, a profundidade de suas órbitas oculares, a distância entre a testa e o queixo, o formato da maçã do rosto e o contorno dos lábios, das orelhas e do queixo. O objetivo é identificar os pontos de referência faciais principais que distinguem seu rosto.
Etapa 3: Conversão da imagem em dados
O processo de captura facial transforma as informações analógicas (um rosto) em um conjunto de informações digitais (dados) com base nas características faciais da pessoa. A análise do seu rosto é basicamente transformada em uma fórmula matemática. O código numérico é chamado de impressão facial. Da mesma forma que as impressões digitais são únicas, cada pessoa possui sua própria impressão facial.
Etapa 4: Localização de uma correspondência
Sua impressão facial é comparada com um banco de dados de outros rostos conhecidos. Por exemplo, o FBI tem acesso até 650 milhões de fotos, extraídas de vários bancos de dados estaduais. No Facebook, qualquer foto marcada com o nome de uma pessoa torna-se parte do banco de dados do Facebook, que também pode usada para reconhecimento facial. Se a sua impressão facial corresponder a uma imagem de um banco de dados de reconhecimento facial, uma determinação será feita.
De todas as medições biométricas, o reconhecimento facial é considerado o mais natural. Intuitivamente, isso faz sentido, já que normalmente reconhecemos uns aos outros pelos nossos rostos, e não por impressões digitais e íris. Estima-se que mais da metade da população mundial passa por reconhecimento facial regularmente.
Tecnologia é utilizada em celulares
A tecnologia é usada com vários propósitos. Entre eles, desbloquear telefones. Vários telefones, incluindo o iPhone mais recente, usam o reconhecimento facial para desbloquear o dispositivo. A tecnologia oferece um meio eficiente de proteger dados pessoais e garante que os dados confidenciais permaneçam inacessíveis caso o telefone seja roubado. A Apple alega que a probabilidade de seu iPhone ser desbloqueado por um rosto aleatório é de cerca de uma em um milhão.
Aplicação da lei
Regularmente, o reconhecimento facial vem sendo usado pela polícia. De acordo com este relatório da NBC, o uso da tecnologia está aumentando entre os órgãos de aplicação da lei nos EUA, e a história é a mesma em outros países. A polícia tira fotos policiais dos presos e as compara com as imagens de bancos de dados de reconhecimento facial locais, estaduais e federais. Depois que a foto de um preso é tirada, ela é adicionada aos bancos de dados para ser verificada sempre que a polícia fizer uma pesquisa criminal.
Além disso, o reconhecimento facial móvel permite que os oficiais usem smartphones, tablets ou outros dispositivos portáteis para tirar uma foto de um motorista ou pedestre em campo e fazer uma comparação imediata com outras fotos de um ou mais bancos de dados de reconhecimento facial na tentativa de uma identificação.
Controle de aeroportos e fronteiras
O reconhecimento facial tornou-se uma sinalização conhecida em muitos aeroportos em todo o mundo. Um número cada vez maior de passageiros usa passaportes biométricos, com os quais eles podem pular filas normalmente longas e passar por um controle automatizado de passaportes eletrônico, chegando à área de embarque mais rapidamente. O reconhecimento facial não somente reduz o tempo gasto, como também permite que o aeroporto reforce a segurança. O Departamento de Segurança Interna dos EUA prevê que o reconhecimento facial será usado por 97% dos passageiros até 2023. Além de aeroportos e fronteiras, a tecnologia é usada para reforçar a segurança de eventos de grande escala, como as Olimpíadas.