A Prefeitura de Ilhabela deu início à execução de rede coletora de esgoto no núcleo de regularização fundiária do Morro do Mineiros, no bairro do Itaquanduba. A ordem de serviço foi assinada pelo Prefeito Toninho Colucci na última sexta-feira, 16 de setembro.
“O saneamento básico é uma das prioridades do nosso Governo. Mais do que falar, nossa gestão faz acontecer. A ordem de serviço já está assinada e em breve, cerca de 400 casas serão ligadas à rede coletora de esgoto. Um avanço na questão da qualidade de vida da população do bairro do Itaquanduba”, destaca o Prefeito Toninho Colucci.
Com investimento de cerca de R$ 6 milhões, o prazo para execução da obra é de 365 dias e a ação prevê a complementação da rede coletora de esgoto no bairro, onde cerca de 400 casas serão ligadas ao sistema sanitário.
A praia do Itaquanduba é uma das mais poluídas da ilha. Em 37 semanas deste ano, em 16 delas a praia foi classificada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paul) como imprópria para banho devido a presença de esgoto no mar.
Saneamento básico
Ilhabela com cerca de 34 mil habitantes, tem 61,2% de suas moradias atendidas com coleta e tratamento de esgoto. É o segundo pior índice da região, superando apenas Ubatuba, que tem 45% de suas residências atendido por coleta e tratamento. Além da baixa cobertura de coleta e tratamento de esgoto, Ilhabela enfrenta um problema sério no abastecimento de água.
Ilhabela é a cidade que mais sofre na região com a poluição de suas praias pelo esgoto lançado indevidamente em córregos e rios. No passado, não muito distante, a ilha teve a maioria de suas praias impróprias para banho, devido a presença do esgoto no mar. Um estudo feito pelo IBGE em 2019, mostrava que 38,32% da população era atendida com esgotamento sanitário, frente a média de 90,28% do estado e 65,87% do país. O esgoto de 21.569 habitantes não era coletado.
Outro problema grave na ilha é o abastecimento de água. Em 2019, um levantamento do IBGE mostrou que 69,04% da população era atendida com abastecimento de água, frente a média de 96,2% do estado e 83,71% do país. O levantamento mostrou que 10.826 habitantes não tinham acesso à água.
Em 2020, a prefeitura renovou o contrato com a Sabesp que previa investimentos no município de R$ 193 milhões, sendo R$ 141 milhões (75%) nos primeiros 6 anos.