O Litoral Norte terá pelo menos 20 candidatos nas eleições de 2 de outubro. Treze candidatos disputam vagas na assembleia legislativa concorrendo a deputado estadual e outros sete disputam uma vaga na Câmara dos deputados. Nas eleições de 2018, a região teve 18 candidatos, doze deles concorrendo a deputado estadual e seis na disputa pela Câmara Federal. Nenhum deles conseguiu se eleger.
A partir do dia 26 os candidatos da região terão seus nomes e rostos divulgados no horário eleitoral e nas redes sociais. No primeiro turno do pleito, o horário eleitoral gratuito será exibido de 26 de agosto a 29 de setembro. Em caso de segundo turno, a transmissão ocorrerá de 7 a 28 de outubro.
O Litoral Norte não elege um deputado estadual desde 2014. A região já teve três deputados estaduais eleitos nas urnas e um quarto candidato em 2014, que eleito como suplente do partido, assumiu a vaga já no recesso parlamentar e há três meses do encerramento do mandado.
Com mais de 250 mil eleitores, a região teria potencial para eleger pelos menos dois deputados estaduais e um à federal. Candidatos de fora da região, na maioria das vezes, apoiados por prefeitos e vereadores, superam, em muito, os votos destinados aos candidatos com domicílio eleitoral na região. Que, eleitos, apesar de poucas vezes visitarem as cidades da região, conseguiram destinar verbas às prefeituras, através de emendas parlamentares.
A região elegeu apenas um deputado federal até hoje, João Paulo Cunha, pelo PT. Nascido em Caraguatatuba, João Paulo Cunha foi deputado federal por cinco legislatura, de 1994 até 2010 e presidente da Câmara Federal. João Paulo acabou sendo afastado.
O Litoral Norte já elegeu cinco deputados estaduais. Paulo Julião, de São Sebastião, em duas ocasiões, 89/92 pelo PSB e em 2001/2004 pelo PSDB. Antônio Carlos da Silva foi eleito deputado em 2006, com 94.218 votos, pelo PSDB (abandonou no meio do mandato para disputar a prefeitura de Caraguatatuba) e Mozzart Russomano, também em 2006, eleito pelo PP, com 71.952 votos.
Em 2014, Antônio Carlos Júnior, do PSDB, que teve mais de 55 mil votos, ficou como suplente pelo partido e assumiu faltando três meses para terminal o mandato a vaga da deputada Célia Leão nomeada para a secretaria estadual da Pessoa com Deficiência.
Nas eleições de 2018, a região teve 18 candidatos, doze deles concorrendo a deputado estadual e seis na disputa pela Câmara Federal. Nenhum deles conseguiu se eleger. Naquele ano, a região tinha 245.618 eleitores inscritos.
Os mais votados da região foram Colucci, de Ilhabela, que concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados e Micheli Veneziani, que disputou uma vaga na assembleia legislativa.
Colucci obteve 30.996 votos, 21.484 votos no Litoral Norte, ou seja, menos de 10% do eleitorado da região optou em votar nele. Colucci foi o mais votado em Ilhabela, 8.576 votos e São Sebastião, 5.620 votos. Foi o terceiro mais votado em Caraguá, 4.414 votos e Ubatuba, 2.874 votos.
Michelli Veneziani (PSDB) obteve 39.681 votos, sendo 26.876 no Litoral Norte, ou seja, um pouco mais de 10% dos eleitores na região votaram na candidata. Em Caraguá, ela conseguiu 12.095 votos ( Caraguá tinha 91.625 eleitores); em São Sebastião, 9.489 votos (60.844 eleitores); em Ubatuba, 4.496 votos (68.789 eleitores); na ilha, 796 votos ( 24.361 eleitores).
Os candidatos “forasteiros” tiveram melhor votação que os candidatos “locais”. Em Caraguatatuba, por exemplo, Eduardo Bolsonaro (PL), que mora no Rio de Janeiro e disputou por São Paulo, recebeu 6.583 votos; Carlos Sampaio (PSDB), de Campinas, teve 4.440 votos; Colucci, que é de Ilhabela, teve 4.414 votos na cidade.
A deputada estadual Janaina Paschoal (PL), candidata por São Paulo, que nunca frequentou o Litoral Norte, foi uma das mais votadas na região. Apenas em Ubatuba, ela obteve 5.509 votos.