A Polícia Científica transferiu sua sede no Litoral Norte de São Sebastião para Caraguatatuba. A unidade já está atendendo na avenida Maranhão, no Jardim Primavera, região central de Caraguatatuba. A mudança visa agilizar o atendimento nas cidades de Caraguatatuba e Ubatuba que respondem por 70% das ocorrências.
A Polícia Cientifica está no Litoral Norte a mais de 30 anos e ocupava, até a semana passada, uma casa alugada no bairro do Arrastão, em São Sebastião. Agora, ocupa um imóvel alugado pelo Estado na avenida Maranhão, em Caraguatatuba, bem maior e que oferece melhores condições para o trabalho da equipe. Através de um convênio, que ainda será assinado, a prefeitura de Caraguatatuba irá ajudar nas despesas de manutenção.
A Polícia Cientifica trabalha no local dos crimes, coletando provas para auxiliar os inquéritos da Polícia Civil. Usam a ciência e a tecnologia para ajudar a esclarecer os crimes. São policiais extremamente qualificados, biomédicos, farmacêuticos, engenheiros, entre outros. Em Caraguatatuba, além de um laboratório, os policiais contam com equipamentos tecnológicos modernos para auxiliar a esclarecer os crimes.
A mudança ocorreu após um estudo que vem sendo feito há dois anos que mostrou que Caraguatatuba é responsável por 40% dos atendimentos da unidade e, Ubatuba, de cerca de 30%. São Sebastião, é responsável por 20% e Ilhabela, 10% dos atendimentos. Em muitas ocasiões, principalmente, nos feriados e temporada de verão, os peritos são obrigados a se deslocarem de uma ponta a outra do Litoral Norte, enfrentando estradas congestionadas. A mudança para Caraguatatuba deverá agilizar os atendimentos.
“Além de ser o centro geográfico da região, permitirá um deslocamento mais rápido para atender ocorrências nas demais cidades da região. Somos a única equipe de perícias do Estado de São Paulo a contar com motos para atendimento nos locais dos crimes. Isso permite uma maior agilidade no atendimento e deslocamento, principalmente, nos feriados prolongados e temporada de verão, quando a Rio-Santos sempre está congestionada”, explica o chefe das Perícias Científicas do Litoral Norte, Enos Ricardo Bretas Armeiro´.
Segundo Enos, a unidade conta com 23 profissionais, onze no setor administrativo e doze para atendimento nos locais dos crimes. Um fotógrafo e um perito ficam de plantão 24 horas por dia para prestar atendimento. A unidade possuí seis viaturas e três motos. Na temporada de verão é deslocada uma equipe do Vale do Paraíba para atender Ubatuba.
A equipe ajudou a solucionar vários crimes na região, um deles foi identificar por DNA, o autor da morte da estudante Júlia Rosemberg, de 21 anos, assassinada em 2020, em Maresias. A perícia conseguiu identificar o DNA do assassino na máscara e no cinto de utilizado pelo assassino, preso posteriormente pela polícia.
Enos destacou, que apesar do aumento da violência na região, a Perícia Cientifica, atende atualmente mais ocorrências de crime ambiental, seguido de crimes contra o patrimônio(furtos, roubos e danos) e crimes contra a pessoa(homicídio e suicídio) e acidentes de trabalho.