A equipe do Instituto Biopesca informou que não foi possível apurar as causas da morte de uma tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), um macho, jovem, que pesava 195 quilos, encontrada já sem vida, encalhada em uma praia de Itanhaém, no dia 8 deste mês.
A tartaruga foi retirada da areia pelos técnicos de campo e colocada na caçamba do carro para ser transportada até a sede do Instituto Biopesca, em Praia Grande (SP).
Um guincho hidráulico foi utilizado para transportar a tartaruga enorme da caçamba do carro para a sala de necropsia. Em decorrência do estado de decomposição da carcaça, não foi possível determinar a causa de morte apenas com o exame de necropsia.
Segundo o Biopesca, é um esforço que vale a pena para que seja possível entender melhor essa espécie e, assim, contribuir com a sua proteção.
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados, ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Desova
No ano passado, a equipe do Biopesca monitorou uma tartaruga-de-couro (Dermochelys coriácea), também, conhecida como tartaruga gigante , que foi encontrada no dia 19 de fevereiro depositando seus ovos em uma praia de Itanhaém.
Segundo o Instituto Biopesca, a tartaruga pesava cerca de 300 kg e tinha 1,77 metros de cumprimento. Apenas seu casco media cerca 1,45 metros. A espécie corre em risco de extinção.
Segundo o instituto, a equipe que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) passou a monitorar e a proteger o ninho do animal. Os técnicos do instituto decidiram apagar as luzes do entorno, impedir a presença de curiosos e proibir fotos e flashes.
O Instituto Biopesca acompanhou de perto todo o procedimento e inseriu anilha numerada no animal para monitorá-la. Após fazer a desova, a tartaruga retornou ao mar.