Defesa Civil do Litoral Norte pretende monitorar “ressacas”

Agentes das Defesas Civis de Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela participaram de uma capacitação, na segunda-feira (18), com equipes do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) e da Casa Militar, ambos do Governo do Estado, para receber informações sobre como proceder em casos de ressaca.

O trabalho é conduzido pela a Profª Dra Célia Regina de Gouveia Souza, coordenadora da Plataforma de Comunicação de Riscos Costeiros para o Litoral de São Paulo (Redecost), do IPA, considerada uma das maiores especialistas em erosão costeira no país.

O local escolhido foi a área costeira da praia do Massaguaçu, na região norte de Caraguatatuba, devido às suas deferentes fisionomias e vários tipos de enseadas. A avaliação in loco vai servir para o desenvolvimento de um tipo de monitoramento e alerta para o Plano Preventivo da Defesa Civil – Ressacas (PPDC-R).

“A ideia é cria um banco de dados com todas as informações pertinentes, por isso, usamos fichas de campo, recebemos orientações de como preceder no caso de previsões ou concretizações de ressacas”, explica o capitão Campos Junior, coordenador municipal da Defesa Civil de Caraguatatuba.

Em outubro de 2021, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) estiveram em Caraguatatuba para fazer a avaliação da área costeira entre as praias do Massaguaçu e Mococa.

Esse trecho tem sido o mais afetado com o avanço do mar e constantes ressacas registradas nas duas últimas décadas .O trabalho é conduzido pela a Profª Dra Célia Regina de Gouveia Souza, coordenadora da Plataforma de Comunicação de Riscos Costeiros para o Litoral de São Paulo (Redecost), do IPA, que estuda a erosão em praias paulistas desde a década de 80.

Na ocasião, ela destacou que a situação na Massaguaçu é crítica e a preocupação é que as obras de recuperação dos trechos já afetados pelas ressacas causem problemas mais sérios. “Sabemos que a construção da estrada não foi responsável por essa situação, mas sim um processo natural que tem aumentado ao longo de 20 anos e agora com mais frequência”, explana a coordenadora.

 

Alerta Ressacas

O ‘Alerta Ressacas’ conta com financiamento da Fapesp e tem por objetivo avisar com antecedência a formação dessas ressacas que, conforme a Profª Dra Célia Regina de Gouveia Souza, que também coordena esse projeto, tem ocorrido com mais frequência.

“A iniciativa surgiu de se fazer um Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC) para erosão uma vez que ressacas também podem envolver deslizamentos, enchentes, alagamentos”. A modelagem será on-line, em tempo real, para que a população costeira e mesmo banhistas possam tomar os cuidados necessários.

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