A cidade de Paraty, também, quer potencializar a temporada de avistamento de baleias, que começa em junho e vai até meados de setembro, quando as Jubartes cruzam o litoral sul-fluminense em direção até Abrolhos, no sul da Bahia, onde se reproduzem.
No dia 03 de junho às 19h, a Casa da Cultura de Paraty abre a exposição “Paraty, Mar de Golfinhos e Baleias”. Em parceria com o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a Casa da Cultura de Paraty, inaugura a sua primeira exposição de biodiversidade.
Além de reunir mais de 60 registros em fotos e vídeos, a mostra, também trará réplicas, partes de esqueletos dos animais e ainda uma experiência interativa e imersiva com muita tecnologia.
O Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua) da Uerj está completando 30 anos e, como parte das comemorações, promove a exposição “Paraty, mar de golfinhos e baleias”.
O trabalho, organizado em parceria com a Casa da Cultura de Paraty, conta com mais de 60 fotos, vídeos, esqueletos, emissão de sons captados nas saídas de campo e nove réplicas de golfinhos em tamanho natural.
O público poderá conferir a mostra até o dia 28 de fevereiro de 2023, de terça a sábado, das 10h às 18h, na Rua Dona Geralda, 94 – Centro Histórico, Paraty.
Pesquisa
O Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) realiza um projeto de conservação e pesquisa com botos, golfinhos e baleias na costa do estado do Rio de Janeiro. Ele abrange os municípios do entorno das duas baías: Paraty, Angra dos Reis, Mangaratiba e Itaguaí. O principal alvo do estudo é o boto-cinza, espécie ameaçada de extinção, e ilustre morador da região.
As baías da Ilha Grande e de Sepetiba abrigam uma população de cerca de 1.000 animais. Trata-se das duas maiores concentrações reportadas para a espécie, com grande importância para a alimentação dos botos-cinza e criação de seus filhotes.
O projeto envolve diferentes linhas de pesquisa, com estudos em ecologia e bioacústica de animais vivos, registro de ruídos subaquáticos e análises de contaminantes, história natural e genética por meio de análise de material biológico. São feitas, ainda, ações de educação ambiental, principalmente em escolas dos municípios no entorno das baías. Espera-se ter uma melhor compreensão sobre a vida do boto-cinza e de outros cetáceos que frequentam as baías da Ilha Grande e Sepetiba, além de identificar as principais ameaças que esses animais estão expostos.
A partir das informações geradas, serão definidas as áreas prioritárias para a conservação dessas espécies. Além disso, serão elaboradas propostas de medidas de proteção, visando principalmente a redução das elevadas taxas de mortalidade dos botos-cinza na região, garantido a sobrevivência da espécie.
Esse trabalho é conduzido sob a supervisão técnica do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores “Profa Izabel M. G. do N. Gurgel” da UERJ (MAQUA/UERJ), que possui mais de 25 anos de atuação em pesquisa e conservação de botos, golfinhos e baleias no estado do Rio de Janeiro.
O Programa foi idealizado pelo MAQUA/UERJ em conjunto com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e está sendo viabilizado a partir de uma grande parceria entre Transpetro (Termo de Ajustamento de Conduta INEA n° 02/2016), SEA, INEA, UERJ, Associação Cultural e de Pesquisa Noel Rosa (ACPNR) e o MAQUA.
Serviço:
Casa da Cultura de Paraty
R. Dona Geralda, 194 – Centro Histórico
Funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 18h
Entrada Franca