Menino teria sido atacado por uma raia em Ilha Comprida

Banhistas deixam a praia assustados após ataque de tubarão

Pesquisadores explicaram nesta terça-feira(16) que o menino de 11 anos não teria sido atacado por um tubarão quando nadava na praia do Boqueirão Norte, em Ilha Comprida, ontem, segunda-feira(15), conforme as informações iniciais. Após análises técnicas, equipe do Projeto Elasmocategorias conclui que incidente que causou o ferimento leve na criança, não foi causado por nenhuma espécie de tubarão, mas provavelmente, por uma raia ticonha.

Após análise técnica de vídeos, entrevistas e fotos do ferimento na criança de 11 anos, que teve um corte sem gravidade na coxa esquerda, na Praia da Ilha Comprida, no dia 15/11, a equipe técnica do Projeto Elasmocategorias concluiu que o incidente não foi causado por alguma espécie de tubarão (ou cação), mas provavelmente pode ter sido provocado por um cardume de raias ticonha (Rhinoptera bonasus e R. brasiliensis) muito comuns na região, ou outra espécie de peixe ósseo.

“A análise do ferimento também não foi compatível com ataque de cação. É possível que alguma outra espécie de peixe ósseo possa ter sido o responsável ou até mesmo um esbarrão dessas raias”, conclui a equipe do Elasmocategorias, projeto criado com auxílio do FUNBIO e do Instituto Humanize, que monitora a pesca de tubarões e raias de todo o litoral sul de São Paulo.

O incidente aconteceu ao meio dia de segunda-feira 15/11, na Praia do Boqueirão Norte, quando uma criança de onze anos teve um corte na coxa esquerda, foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde levou dois pontos e está bem.

O biólogo Paulo Santos, coordenador do Elasmocategorias, explica que a região do Lagamar é rica em espécies de peixes, incluindo aquelas que são alimento para os tubarões: “Isso é um fator que ajuda a acreditar que não haveria motivos para um ataque”, analisa. A equipe também usou a experiência do monitoramento pesqueiro da região, feito em parceria com os pescadores, para chegar à conclusão.

“Os primeiros comentários sobre a possibilidade de serem raias vieram dos próprios pescadores”, explica Paulo. Junto com o coordenador, integram a equipe do Elasmocategorias , Kaliandra Klafke, Dr. Domingos Garrone Neto e Dr. Otto Gadig, da UNESP. Os estudos técnicos iniciaram tão logo houve a notícia do incidente, na segunda 15/11.“Realizamos um deslocamento até o corpo de bombeiros da Ilha, à Unidade de Saúde local e com a família do menino para obtermos informações extras e fotos do ferimento”, afirma.

 

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