O governo municipal de Caraguatatuba participou, nesta sexta-feira (23), de uma reunião com representantes da empresa SOU CARAGUÁ, da Secretaria de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, do Gabinete do Prefeito, do Sindicato dos Motoristas e do presidente da Câmara Municipal, vereador Antonio Carlos da Silva Junior. O encontro tratou das reivindicações salariais da categoria e da possibilidade de paralisação do transporte coletivo na cidade.
Durante a reunião, o sindicato apresentou dados comparativos com o município de Ilhabela, destacou uma diferença média de R$ 314,21 nos salários, o equivalente a 11%, além de um percentual de 110,5% no vale-alimentação. A proposta é equiparar os vencimentos das três cidades litorâneas ao arquipélago, para que não haja diferença entre os níveis de remuneração da categoria. A empresa SOU CARAGUÁ propôs um reajuste de 6%, que será submetido pelo sindicato à deliberação dos trabalhadores. Houve também o pedido para que não haja paralisação de modo a não prejudicar o usuário do serviço.
O prefeito Mateus Silva reforçou a importância do diálogo e solicitou a continuidade das tratativas. “Nosso compromisso é garantir a qualidade do transporte público e, ao mesmo tempo, respeitar os direitos dos trabalhadores. A mediação é fundamental para que possamos evitar transtornos à população e alcançar um entendimento entre as partes”, afirmou o prefeito. A pedido do chefe do Executivo, uma nova rodada de negociações será agendada após a apresentação da proposta aos motoristas.
Transporte Público de Qualidade
O contrato atualmente vigente e que rege as diretrizes do serviço de transporte público de passageiros no âmbito municipal foi celebrado pela gestão passada e desde janeiro deste ano vem sendo intensamente fiscalizado devido centenas de reclamações de usuários, via de regra, insatisfeitos com atrasos, falta de veículos nos horários de pico, dentre outros apontamentos ligados a falta de eficiência dos serviço.
Embora a reunião tivesse como pauta a melhoria das condições de trabalho e garantia do dissídio aos trabalhadores, o governo municipal também intensificou a cobrança por melhorias na frota, na regularidade das rotas e cumprimento das metas.
Há o compromisso do poder público em finalizar estudos e averiguar a planilha de custos da empresa para que sejam revistas cláusulas contratuais que tem dificultado a realização de melhorias no setor.
Também foi enfatizada a necessidade da contrapartida imediata no atendimento das demandas da população que utiliza diariamente do serviço de transporte público. Desde o início do ano, a empresa já foi notificada e autuada dezenas de vezes para que execute um serviço com mais eficiência e segurança.