Proposta da Fundação Florestal é criar um parque marinho no entorno de Ilha Anchieta para proteger a biodiversidade e combater o turismo predatório realizadas por grandes embarcações de fora do município e do estado.
Termina nesta sexta-feira, dia 23, o prazo para moradores e veranistas de Ubatuba encaminharem suas dúvidas, sugestões ou pedidos de esclarecimentos à Fundação Florestal sobre a criação do Parque Estadual Marinho Tartaruga-de-Pente na Ilha Anchieta.
Os encaminhamentos devem ser feitos através do e-mail institucional secretaria@camaraubatuba.sp.gov.br conforme determinação do presidente da Câmara de Ubatuba, vereador Gady Gonzales. Segundo ele, as manifestações dos moradores e veranistas devem contribuir na discussão do projeto que pretende construir o parque marinho no entorno da Ilha Anchieta.
Na última sexta-feira, 16 de maio, a Câmara Municipal de Ubatuba sediou uma audiência pública para debater a proposta de criação do Parque Estadual Marinho Tartaruga-de-Pente, apresentada pela Fundação Florestal do Estado de São Paulo.
Presente à reunião, o diretor executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicks, mostrou que a criação do parque marinho ter o objetivo de proteger a biodiversidade no entorno da Ilha Anchieta, combatendo principalmente práticas de turismo predatório realizadas por grandes embarcações de fora do município e do estado.
Apesar de Levkovicks, garantir que a proposta não visa prejudicar as comunidades tradicionais e os trabalhadores locais, mas sim estabelecer regras para garantir um uso sustentável da área, representantes das empresas que exploram o turismo náutico na ilha, pescadores e até secretários municipais de Turismo e da Pesca, Bruno Nunes de Oliveira e Leandro Amaral Herrera se posicionaram contra a proposta.
Após os esclarecimentos de Levkovicks, doze pessoas fizeram uso da tribuna, todas com posicionamentos contrários à proposta como foi apresentada pela Fundação Florestal. Enquanto alguns se mostraram totalmente contra a criação do parque, alegando que ele impõe novas regras que penalizam os caiçaras e os profissionais do setor náutico, outros demonstraram abertura à proposta, desde que sejam revistos e modificados pontos considerados prejudiciais à população local.