Documentário “Topo”, produzido em São Sebastião, recebe prêmio especial em mostra paralela do 57º Festival de Cinema de Brasília

Confira o o trailer do Documentário “Topo” que  recebeu , ontem, sábado(7), prêmio especial do júri da mostra competitiva paralela “Caleidoscópio”, do 57º Festival de Cinema de Brasília

Por Salim Burihan

A mostra competitiva paralela “Caleidoscópio”, que aconteceu junto com a 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, encerrada ontem, sábado(7), em Brasília, distribuiu dois prêmios entre os cinco filmes exibidos: Como Melhor Filme, o júri premiou Filhas da Noite (PE), de Henrique Arruda e Sylara Silvério; e como Prêmio Especial do Júri Topo (SP), de Eugenio Puppo saiu vencedor.

O Candango de Melhor Filme de Temática Afirmativa do Festival, concedido pelo Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial – Codipir, foi para a cineasta piauiense radicada em Brasília Dácia Ibiapina, pelo curta Confluências.

Já o Prêmio Zózimo Bulbul, concedido pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro – APAN, sagrou vencedores, de forma inédita, dois curtas-metragens e não um curta e um longa. Dois Nilos (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, e Mar de Dentro (PE), de Lia Letícia, levaram os prêmios Zózimo, concedido ao filmes que melhor trabalham pautas raciais no contexto das exibições competitivas.

Topo

Confira o trailer de “Topo”,  clique : https://www.instagram.com/filmesefilmes/reel/DCHPPHWxHMv/

É um documentário de 83 minutos, produzido em 2024, em São Sebastião, no Litoral Norte Paulista. Retrata uma pequena cidade portuária no litoral de São Paulo, os acelerados avanços nas obras de infraestrutura e o crescente desenvolvimento turístico estão impactando cada vez mais a vida dos habitantes locais. Edivaldo, um morador antigo da região, apaixonado por cinema, utiliza sua câmera para registrar as memórias e as mudanças do lugar que o viu crescer. Enquanto isso, a jovem Iara enfrenta desafios em busca de um novo lar no bairro da Topolândia, tentando escapar do caos causado pela construção de uma rodovia próxima à sua casa. Em meio a essas transformações, uma tempestade sem precedentes atinge a cidade.

O documentário teve direção de Eugenio Puppo; roteiro de Eugenio Puppo e Pedro Junqueira; fotografia de Fábio Bardella; montagem de Eugenio Puppo e Cédric Fanti; som e música de Fábio Gonçalves; direção de arte de Maíra Sciuto; e, produção de Eugenio Puppo e Matheus Sundfeld.

O diretor do documentário, Eugenio Puppo, é fundador da Heco Produções, empresa produtora sediada em São Paulo desde 1994. Dirigiu os longas “São Miguel do Gostoso” (2011), “Ozualdo Candeias e o Cinema” (2013), “Sem Pena” (2014) e “O Bom Cinema” (2021).  Também é produtor de longas-metragens como “Banquete Coutinho” (2019, 43ª Mostra) e “A Praga” (2021), último filme de José Mojica Marins. Além disso, realizou mais de 20 mostras e retrospectivas de cinema. Puppo é o idealizador e o diretor geral da Mostra de Cinema de Gostoso, do Rio Grande do Norte.

Mostra Oficial

A 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais antigo em atividade no país, premiou o filme Salomé, do pernambucano André Antônio, que acumulou oito Candangos, entre eles os de Melhor Longa pelos Júris Oficial e Popular, o de Melhor Atriz Coadjuvante para Renata Carvalho, Melhor Roteiro, Direção de Arte e Trilha Sonora.

Suçuarana, dos mineiros Clarissa Campolina e Sérgio Borges, arrebatou cinco troféus, incluindo os de Melhor Atriz para Sinara Teles e Ator Coadjuvante para Carlos Francisco, além dos prêmios técnicos de Fotografia, Edição de Som e Montagem.

A Melhor Direção ficou nas mãos de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna por Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá; o brasiliense Wellington Abreu venceu Melhor Ator por Pacto da Viola (DF); e Ruy Guerra recebeu uma menção honrosa do júri por A Fúria, conclusão da trilogia iniciada em Os Fuzis (1964).

A categoria de curtas-metragens da Competitiva Nacional rendeu Candangos a produções de Pernambuco, São Paulo, Distrito Federal, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Júri Popular premiou Javyju – Bom Dia (SP), de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães, e o Júri Oficial laureou Mar de Dentro (PE), filme de Lia Letícia. A pernambucana também levou Melhor Direção.

E Seu Corpo é Belo, produção carioca de Yuri Costa, saiu com três Candangos da cerimônia: Melhor Ator para João Pedro Oliveira, Melhor Direção de Arte e Melhor Edição de Som. Carlandréia Ribeiro, atriz mineira, venceu Melhor Atriz por Mãe do Ouro (MG), de Maick Hannder, filme que arrebatou também Melhor Fotografia. A Melhor Trilha foi para a original de Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa.

Nicolau, artista brasiliense conquistou prêmio de Melhor Roteiro por Descamar (DF) e a consagrada Cristina Amaral saiu vencedora pela Montagem de Confluências (DF), de Dácia Ibiapina. O curta carioca Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, foi motivo de menção honrosa por parte do Júri.

 

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