O boletim informativo da Vigilância Epidemiológica de Ubatuba, divulgado na última segunda-feira (28), informa que o município contabiliza 6.814 casos de dengue e 35 de Chikungunya. Quatro óbitos foram registrados. Duas mortes ocorreram no bairro do Itaguá, onde perderam a vida dois homens de 58 e 78 anos, ambos com comorbidades. Outro homem, de 29 anos, morreu de dengue no bairro do Estufa 2. A quarta vítima foi uma mulher de 62 anos, moradora do bairro da Pedreira.
A chikungunya é uma doença infecciosa viral transmitida por mosquitos, que se caracteriza por dores intensas nas articulações, principalmente, nas mãos e nos pés. O nome vem do idioma africano “maconde” e significa “inclinou-se ou contorceu-se de dor”.O período de incubação é de 1 a 10 dias após a picada do mosquito.Cerca de 70% dos infectados desenvolvem sintomas.Os sintomas duram até sete dias, mas algumas pessoas podem desenvolver dor crônica nas articulações por mais de 6 semanas. A chikungunya pode evoluir em três fases: aguda, subaguda e crônica.
Os bairros com maior número de casos de chikungunya são: Centro, com 8 casos; Perequ-Açú, com seis; Estufa II, com quatro casos; Taquaral com 4 casos; Itaguá, com dois casos; e, o Ipiranguinha, com dois casos.
Os dados somam todos os casos positivados ao longo de 2024 e mostram ainda que os bairros com maior incidência da dengue no município são, respectivamente, centro (971); Estufa II (692); Ipiranguinha (660) e Perequê-Açu (647). Já os casos de Chikungunya foram registrados em bairros como centro (8); Perequê-Açu (6), Taquaral (4) e Estufa II (4).
Alerta
Com o início do período de chuvas constantes na cidade, a Secretaria Municipal de Saúde alerta os moradores para o cuidado na eliminação dos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti para se evitar novas epidemias, principalmente de dengue, no município. Nesta época do ano, o mosquito procura locais quentes e úmidos para a eclosão dos ovos e, por isso, os cuidados para evitar água parada devem ser redobrados.
O setor de Controle de Endemias tem realizado ao longo do ano diversas ações de combate ao mosquito, transmissor também da Chikungunya, Zika e febre amarela. A partir do mês de novembro, uma nova agenda de mutirões será divulgada e contará com a colaboração dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para vistorias em residências e comércios de diferentes bairros da cidade. Os serviços de nebulização e orientação aos moradores também continuam pelo município.
A Secretaria de Saúde reforça que a população deve manter a limpeza frequente dos imóveis e caixas d’água, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas ou outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito. Como prevenção pessoal, intensificar o uso de repelentes e optar por roupas que minimizem a exposição da pele também são medidas que evitam a picada do mosquito transmissor.