Primeira vítima fatal da dengue em Caraguatatuba era idosa, tinha comorbidades e morava no Indaiá

A cidade registra nos primeiros quatro meses do ano 4.241 casos de dengue, número quase dez vezes maior que o número de casos registrados ao longo de todo o ano de 2023: 550 casos. 

A Prefeitura de Caraguatatuba, no Litoral Norte Paulista, confirmou a primeira morte por dengue este ano no município.  Trata-se de uma paciente que tinha comorbidades prévias, 85 anos, moradora do bairro Indaiá. Ela apresentava um quadro de diverticulite crônica e foi submetida a uma cirurgia devido a uma úlcera duodenal. Sua morte foi em 30 de março de 2024, no Hospital Regional do Litoral Norte.

Segundo a prefeitura, uma segunda morte pela doença está ainda sendo investigada. A confirmação da morte por dengue foi feita por laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz e por investigação clínica e epidemiológica da paciente. Dos três casos em investigação, esse foi o único confirmado por motivo de dengue. O segundo caso foi descartado e o terceiro caso ainda está em investigação. Ainda não há informações sobre a suposta segunda vítima pela doença na cidade.

O Litoral Norte registra atualmente quatro mortes por dengue, três em Ubatuba e uma, em Caraguatatuba. A região registra 12.975 casos de dengue e tem 218 casos ainda em investigação.  Outras sete supostas  mortes por dengue  ainda estão sendo investigadas: quatro delas em São Sebastião;  duas, em Ilhabela; e, uma em Caraguatatuba.

Das 12.907 pessoas que contraíram dengue na região, 75 delas apresentaram sintomas de dengue com alarme e outras 13 com sintomas de dengue grave. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde e foram contabilizados em cada uma das cidades da região até sábado, dia 4.

Instituto Adolfo Lutz

Segundo a prefeitura, a confirmação da morte por dengue foi feita por laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz e por investigação clínica e epidemiológica da paciente. Dos três casos em investigação, esse foi o único confirmado por motivo de dengue. O segundo caso foi descartado e o terceiro caso ainda está em investigação.

A Prefeitura de Caraguatatuba reforça que o município encontra-se em epidemia e que os cuidados precisam ser intensificados, principalmente na eliminação de possíveis criadouros. O município tem focado ainda ações nos bairros onde há maior concentração de ADL (Análise de Densidade Larvária) como Travessão, Perequê-Mirim, Indaiá e Massaguaçu.

Caraguatatuba registra em 2024, um total de 4.241 casos positivos da doença. Em janeiro foram 101 casos confirmados, enquanto em fevereiro 319, em março 2.004 e em abril 1.816. Ao longo de todo o ano passado foram 550 casos de dengue.

O aumento dos casos de dengue tem provocado, inclusive, a sobrecarga de atendimento nas três Unidades de Pronto Atendimento (Centro, Sul e Norte).

Além da sobrecarga nas UPAs, o reflexo tem sido sentido também nas unidades de retaguarda: Casa de Saúde Stella Maris e Hospital Regional. Os hospitais estão com lotação máxima nas Enfermarias e UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo).

Vistoria e multas

A Prefeitura de Caraguatatuba já realizou mais de 13 mil vistorias em imóveis de Norte a Sul do município. Foram mais de 7 mil inspeções realizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde e mais de 6,5 mil vistorias feitas pelos Agentes de Zoonoses.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) atua na fiscalização de residências e comércios que descumprem as estratégias para conter a proliferação do mosquito.

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