A Associação Indígena do Bracuí e o Movimento Baía Viva realizaram na quinta e sexta-feira, dias 11 e 12, na Aldeia Sapukai, Bracuí, o 4º Mutirão Agroflorestal Comunitário. A atividade contou com o apoio da Prefeitura de Angra, por meio das secretarias de Agricultura, Aquicultura e Pesca, e de Desenvolvimento Social e Promoção da Cidadania. Os objetivos incluem o reflorestamento, a segurança alimentar e a justiça climática nos territórios indígenas e de comunidades tradicionais.
O evento, que contou com grande adesão da comunidade local, teve ações como oficina de meliponicultura (produção de mel orgânico), incluindo a montagem das caixas de abelhas (sem ferrão) pela comunidade; restauração ecológica da Mata Atlântica; plantio de árvores frutíferas e de alimentos saudáveis, visando à segurança alimentar e nutricional; e educação ambiental de base comunitária e sobre justiça climática.
A Prefeitura contribuiu com fornecimento de sementes e mudas, materiais para plantio (bandejas, saquinhos porta-enxerto e tubetes), auxílio no plantio, transporte de material e assistência técnica. O mutirão contou ainda com o apoio do Fundo Casa Socioambiental e da Fundação Oswaldo Cruz.
Situada a cerca de 6 km da rodovia BR-101, no distrito de Bracuí e em região montanhosa cercada pela Mata Atlântica, a Aldeia Sapukai possui atualmente 420 habitantes guaranis, distribuídos em 80 famílias. A luta pela demarcação das terras da Aldeia Sapukai teve início na década de 1980, sendo conquistada em 1994. No ano seguinte, o decreto de homologação foi publicado no Diário Oficial da União. É a maior aldeia do estado do Rio de Janeiro.