Atobá-mascarado passa por reabilitação no Instituto Gremar, no Guarujá

Ave foi resgatada em fevereiro com problemas em um dos olhos; após concluir período de reabilitação ave deverá ser solta em seu ambiente natural

 

 

Um atobá-mascarado (Sula dactylatra) resgatado pela equipe do Instituto Biopesca, em Mongaguá (SP), no litoral paulista, está passando por reabilitação no Instituto Gremar,  no Guarujá. A ave foi resgatada no dia 29 de fevereiro durante ação pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

 

Segundo informou o Biopesca, foi a primeira vez que o instituto resgatou uma ave dessa espécie. O atobá-mascarado nidifica em ilhas oceânicas, como o Arquipélago de Abrolhos, Fernando de Noronha, Atol das Rocas e Trindade e Martim Vaz. É uma ave mais oceânica do que as outras espécies e, assim, sua ocorrência na costa não é muito comum.

 

A ave resgatada está na fase juvenil e é cego de o olho direito, deficiência  que não prejudica a sua sobrevivência como pode ser observado durante a estabilização de suas condições clínicas. A ave chegou com o peso abaixo da média e desidratado, mas logo se recuperou.

 

Após o resgate, a ave passou pelos procedimentos de estabilização no Instituto Biopesca, em Praia Grande (SP). Posteriormente, no dia 07 de março, foi encaminhado ao Cento de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do Instituto Gremar, em Guarujá (SP).

 

 

No exame clínico de entrada, foi constatado que a ave apresentava ausência de capacidade de percepção visual no olho direito, além da presença de muco e sangue na glote. No momento, o atobá-mascarado segue em tratamento no Instituto Gremar. A equipe está permanentemente atenta às necessidades do animal e novas atualizações sobre sua condição serão divulgadas em breve.

 

 Sobre a espécie: 

 

 

No Brasil, o atobá-mascarado, também conhecido como atobá-grande, habita em diversas ilhas, como o arquipélago de Abrolhos, o Atol das Rocas, Fernando de Noronha e a Ilha da Trindade. Conhecido por ser um mergulhador espetacular, o atobá passa a maior parte do tempo no mar, se alimentando de peixes e lulas.

 

Com plumagem branca, possui características marcantes, como máscara preta no rosto e bico laranja. Além disso, as fêmeas são maiores que os machos. A reprodução acontece anualmente e seu ciclo reprodutivo varia de acordo com a região em que se encontra, com jovens abandonando os ninhos entre fevereiro e março.

 

PMP-BS

 

O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

O Projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. É realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Gremar monitora o Trecho 9, compreendido entre São Vicente e Bertioga.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 ou (13) 99711 4120. Para mais informações sobre o PMP-BS, consulte: www.comunicabaciadesantos.com.br

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