FAB ainda não conseguiu localizou o helicóptero Robinson 44, que levava quatro pessoas, que está desaparecido desde domingo(31) quando voava entre São Paulo e Ilhabela, no Litoral Norte Paulista
O Litoral Norte Paulista e Sul-Fluminense registraram vários acidentes com helicópteros ao longo dos últimos 35 anos. Dois deles, envolveram pessoas famosas, como foi o caso da queda do helicóptero em Ubatuba, em 1992, que causou as mortes de Ulysses Guimarães e do ex-senador Severo Gomes e da aeronave que caiu em São Sebastião, em 2001, que transportava o empresário João Paulo Diniz e que resultou na morte da modelo Fernanda Vogel.
Em setembro de 2011, um helicóptero Robinson 44 caiu nas proximidades da serra de Maresias, em São Sebastião, durante um voo entre Campinas e Guarujá. Todos os quatro ocupantes morreram. A aeronave, devido ao mau tempo, caiu numa mata fechada e de difícil acesso, a cerca de 3,5 quilômetros da Rodovia Rio-Santos e a menos de 1,5 quilômetro do heliponto de Maresias.
Em 2013, ou seja, há cerca de 20 anos, um helicóptero Robinson R-66 caiu durante um voo entre São José dos Campos e Ilhabela. O acidente ocorreu no dia 3 de janeiro e resultou na morte de um casal e do piloto da aeronave.
Na ocasião, após cinco dias de buscas na Serra do Mar, entre Paraibuna e Caraguatatuba, parte do helicóptero, modelo Robinson R66, foi encontrado numa região de serra de mata fechada, a seis quilômetros ao norte da praia de Massaguaçu, em Caraguatatuba.
Os acidentes de 2011 e 2013 ocorreram devido ao mau tempo e falta de visibilidade, situação semelhante ao que ocorreu com o helicóptero Robinson 44 que se encontra desaparecido desde domingo dia 31 na região. As aeronaves tiveram problemas e perderam sinais nos radares quando cruzavam a Serra do Mar no trecho entre o Vale do Paraíba e Litoral Norte.
Ulysses
O acidente que resultou nas mortes de Ulysses Guimarães, do ex-senador Severo Gomes, ocorreu no dia 12 de outubro de 1992, durante um voo entre Paraty e a capital paulista. A queda do aparelho teria sido provocada por um forte temporal, com ventos de até 90 Kms, quando a aeronave voava entre Paraty e Ubatuba.
O helicóptero esquilo, de prefixo PT-HMK, teria se chocado contra o mar, devido aos fortes ventos e à falta de visibilidade. Todos os ocupantes morreram durante a queda da aeronave: o piloto Jorge Comeratto, o ex-senador Severo Gomes, sua esposa Henriqueta , Ulysses Guimarães e sua esposa, dona Mora. O corpo de Ulysses Guimarães nunca foi localizado.
Diniz
Em julho de 2001, durante uma forte tempestade, a aeronave, um helicóptero Agusta PPMPA 109, do grupo Pão de Açúcar, que transportava quatro pessoas entre São Paulo e São Sebastião, no Litoral Norte Paulista, chocou-se com o mar nas proximidades da praia de Maresias, na costa sul sebastianense.
Os quatro tripulantes sobreviveram ao impacto do helicóptero, mas a então namorada de João Paulo, a modelo Fernanda Vogel, de 20 anos e o piloto Ronaldo Jorge Ribeiro, de 41 anos, não conseguiram nadar até a praia de Maresias e acabaram morrendo afogados. O empresário João Paulo Diniz, 37 anos, e o copiloto Luiz Roberto de Araújo Cintra, de 35 anos, nadaram até a praia e sobreviveram ao acidente.
Os corpos da modelo e do piloto foram encontrados na praia de Santiago, a 5 km de Maresias, local onde a aeronave sofreu a queda. A aeronave chocou-se contra o mar devido ao mau tempo e a falta de visibilidade a cerca de 3 km da praia de Maresias. O empresário João Paulo Diniz morreu em 31 julho de 2022, vítima de um infarto, aos 58 anos em Paraty, no Rio de Janeiro.
Buscas
A Força Aérea Brasileira continua as buscas ao helicóptero de prefixo PR-HDB, modelo Robinson 44, nas cores cinza e preto, que desapareceu no domingo passado, dia 31 de dezembro, quando fazia um voo entre a capital paulista e a cidade de Ilhabela, no Litoral Norte Paulista. Por enquanto, nenhuma pista sobre o paradeiro da aeronave, que levava três passageiros e o piloto.
De acordo com as primeiras informações, a aeronave deixou o Campo de Marte, na capital paulista, por volta das 12h40 com destino a Ilhabela. A bordo da aeronave estavam o piloto e três passageiros: Luciana Rodzwics, de 45 anos, sua filha Letícia, de 20 anos e Rafael Torres, de 41 anos e o piloto Cassiano Teodoro, de 44.
O helicóptero teria perdido o contato com a torre de Campo de Marte por volta das 15h10, quando quando tentava cruzar a Serra do Mar em direção até Ilhabela. sobrevoava. O piloto comunicou o heliponto de Ilhabela, onde iria pousar, que estava com dificuldades para transpor a serra devido a falta de visibilidade.
O piloto teria comunicado que iria seguir até Ubatuba para abastecer a aeronave e retornar até a capital. A partir daí, perdeu o contato com os radares de Campo de Marte e sumiu. Um voo entre a capital e Ilhabela leva no máximo duas horas. Como o aparelho não pousou em Ilhabela e não havia contato com a aeronave e o piloto, no início da noite de domingo(31) a aeronáutica emitiu um alerta sobre o desaparecimento do helicóptero.
O último contato entre a torre do Campo de Marte e o piloto teria sido feito quando a aeronave sobrevoava a Serra do Mar justamente na divisa entre a represa de Paraibuna e a cidade de Caraguatatuba. O último contato via celular teria sido feito por ocupantes da aeronave com familiares nas proximidades do km 54 da rodovia dos Tamoios, em Paraibuna. Nessa região, moradores afirmam terem visto o helicóptero sobrevoando na tarde de domingo, dia 31.
Além do avião Amazonas, da FAB, também, participam das buscas helicópteros Águia da Policia Militar e do Cavex, de Taubaté. Neste domingo, a FAB deverá contar também com o apoio de um helicóptero H-60 Black Hawk, especializado em operação de resgate e busca de salvamento que pode percorrer um helicóptero até 295 quilômetros por hora. Consta que equipes dos bombeiros devem iniciar buscas por terra na região de Paraibuna.