“Carapau”, peixe popular e rico em ômega 3, é destaque em festival gastronômico de Ilhabela

Peixe carapau , um dos mais consumidos na região e  rico em ômega 3, conquista espaço nobre na gastronomia do litoral norte e ganha seu primeiro festival em Ilhabela 

 

Os festivais gastronômicos programados nas cidades do litoral norte paulista ganharam uma nova atração. A partir desta sexta-feira(15), em Ilhabela, acontece o primeiro Festival do Xarelete da região.

Após os festivais da Tainha, Sardinha, do Camarão, do Mexilhão, da Lula e do Polvo, acontece pela primeira vez na região o Festival Xarelete, o nosso tradicional Carapau. Uma boa novidade que deverá atrair muita gente até a praia do Portinho no fim de semana.  

 

Festival acontece na praia do Portinho

 

O festival acontece na praia do Portinho, que fica no sul de Ilhabela, a apenas 4 km da balsa. entre as praias do Oscar e da Feiticeira. O evento terá também apresentações musicais e diversos pratos à base do pescado.

O evento conta com apoio da prefeitura da ilha e a programação será a seguinte: Na sexta-feira (15), as atividades iniciam a partir das 17h e no sábado (16) e domingo (17), a partir do meio-dia.

Confira as opções e preços: Porção frita: 3 peixes (600 gramas),  R$ 35,00  e Prato individual: xarelete assado ou frito ,  R$ 35,00. Uma atração que será servida a parte, o Acarajé, custa R$ 15,00. A cerveja custa R$ 5,00, mesmo preço do refrigerante e da água.  A caipirinha custa R$ 20,00 e a caipirosca, R$ 25.

Xarelete

O Xerelete é o nosso conhecido “carapau”, um peixe que existe com abundância durante todo o ano na região. É considerado  como “peixe de passagem” e pode ser capturado nas praias,nas costeiras e na pescaria feita embarcada.

É um peixe considerado “popular” diferente de espécies como garoupa  e robalo, muito mais caros e pouco acessíveis às famílias de baixa renda.

Nas peixarias o quilo custa em média R$ 20,00. Os caiçaras dão várias denominações ao carapau:  manequinho, rabo azedo e   Guarassuma, este último, um carapau grande, cuja carne tem cor mais escura e um diferente sabor. 

Apesar de ser considerado um “peixe popular” por ter um preço mais em conta nas peixarias e entreposto de pesca, o carapau é  muito saboroso, é saudável, de fácil digestão e muito rico nutricionalmente.

Saúde

O carapau oferece muitos benefícios para consome a sua carne, é conhecido como um “peixe azul”, que se traduz num alimento extremamente rico em ômega 3. Contém vitamina B3 que auxilia no normal funcionamento do sistema nervoso e ajuda a reduzir o cansaço e a fadiga.

A carne do carapau é rica em nutrientes e pobre em gordura. É um peixe sustentável. É uma excelente fonte de vitamina D e fósforo, o que o torna perfeito para ajuda na manutenção óssea.

Dicas

 

Carapaus na folha de bananeira

Segundo o renomado chef caiçara Jaur Carpinetti, de Ubatuba, as famílias caiçaras, no passado, quando não havia energia elétrica em suas casas, espalmava o carapau, salgava e secava para poder comer cozido  com batata doce ou cará roxo. 

Ele conta que os caiçaras também usam o carapau para fazer o tradicional azul marinho(peixe com banana verde) ou assado na brasa na folha de bananeira. 

Durante o verão, quando o peixe é farto na região, o carapau é um dos mais utilizados nas grelhas dos churrascos nos fins de semana dos turistas e veranistas. 

Sugestão do chef Jaur Carpinetti: Carapau assado na folha de bananeira: limpa dois carapaus de 500 gramas cada um, abre pelas costas, tempera com sal, alho e alecrim, recheia com farofa de camarão, enrola na folha de bananeira e deixa assar. Delicioso. 

 

Chef caiçara Jaur Carpinetti preparando o peixe na folha de bananeira

 

Científico

Nome Científico: Caranx crysos
Família: Carangidae
Ordem: Perciformes
Distribuição: Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil (do Amapá ao Rio Grande do Sul).
 

O carapau é um peixe de escamas e é conhecido também por xarelete ou xerelete. De corpo alongado e comprido, o carapau tem o perfil superior da cabeça arredondado e três detalhes na coloração: o dorso varia do azul-esverdeado ao cinza; os flancos e ventre são prateados ou dourados; e para fechar a descrição, apresenta uma mancha preta na parte superior do opérculo (peça óssea que protege suas guelras).

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