A Pesquisa CNT de Rodovias avalia toda a malha pavimentada das rodovias federais e dos principais trechos
estaduais. Em 2023, foram analisados 111.502 km no Brasil.
A melhor rodovia do país, segundo a pesquisa CNT é a Via Lagos, no Rio de Janeiro. A RJ-124, mais conhecida como Via Lagos, é uma rodovia do estado do Rio de Janeiro que percorre a Região dos Lagos, tendo sido inaugurada em dezembro de 1998. Está sob concessão da empresa CCR. Com 57 km de extensão, a rodovia liga a região metropolitana do Rio de Janeiro aos municípios de Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação de Búzios.
No estado de São Paulo, a rodovia melhor classificada no ranking da CNT 2023 foi a rodovia Carvalho Pinto, que ficou na 19ª posição do ranking nacional. A Rodovia Governador Carvalho Pinto com 86,6 kms de extensão, inicia-se no entroncamento com a Rodovia Ayrton Senna, no município de Guararema e termina em Taubaté, no Vale do Paraíba.
Confira a avaliação geral das rodovias no país:
1. Estado Geral: 67,5% da malha rodoviária pavimentada avaliada do país apresenta algum tipo de problema,
sendo considerada regular, ruim ou péssima; 32,5% da malha é considerada ótima ou boa.
2. Pavimento: 56,8% da extensão da malha rodoviária do país avaliada apresenta problemas; 43,2% está em condição satisfatória; 0,6% está com o pavimento totalmente destruído.
3. Sinalização: 63,4% da extensão da malha rodoviária da região é considerada regular, ruim ou péssima; 36,6%, ótima ou boa; 8,4% está sem faixa central; e 14,1% não tem faixas laterais.
4. Geometria da Via (traçado): 66,0% da extensão da malha rodoviária do país apresenta algum tipo de problema; 34,0% está ótima ou boa; as pistas simples predominam em 85,5%; falta acostamento em 46,9% dos trechos avaliados; e 27,1% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.
5. Pontos críticos: a Pesquisa identificou 2.648 no país.
6. Custo operacional: as condições do pavimento no país geram um aumento de custo operacional do transporte de 32,7%, o que se reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
7. Investimentos necessários: para recuperar as rodovias no Brasil, com ações emergenciais (reconstrução e
restauração) e de manutenção, são necessários R$ 94,12 bilhões.
8. Custo dos acidentes: o prejuízo gerado por acidentes foi de R$ 13,40 bilhões em 2022. No mesmo ano, o
governo gastou R$ 6,70 bilhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte.
9. Meio ambiente: em 2023, estima-se que haverá um consumo desnecessário de R$ 1,1 bilhão de litros de diesel
devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no país. Esse desperdício custará R$ 7,49 bilhões aos transportadores.
10. Investimentos: do total de recursos autorizados pelo governo federal para a infraestrutura rodoviária,
especificamente no Brasil, em 2023 (R$ 15,01 bilhões), foram investidos R$ 9,05 bilhões até setembro (60,3%)
São Paulo
Em 2023, foram analisados 10.754 km em São Paulo, que representam 9,6% do total pesquisado no Brasil. Confira a avaliação das rodovias no estado de São Paulo:
1. Estado Geral: 26,0% da malha rodoviária pavimentada avaliada do estado apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima; 74,0% da malha é considerada ótima ou boa.
2. Pavimento: 32,1% da extensão da malha rodoviária do estado avaliada apresenta problemas; 67,9% tem condição satisfatória; 0,1% está com o pavimento totalmente destruído.
3. Sinalização: 16,9% da extensão da malha rodoviária da região é considerada regular, ruim ou péssima; 83,1%, ótima ou boa; 0,1% está sem faixa central; e 0,8% não tem faixas laterais.
4. Geometria da Via (traçado): 35,0% da extensão da malha rodoviária do estado apresenta algum tipo de problema; 65,0% está ótima ou boa; as pistas simples predominam em 47,0%; falta acostamento em 28,9% dos trechos avaliados; e 10,4% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.
5. Pontos críticos: a Pesquisa identificou 41 no estado.
6. Custo operacional: as condições do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 17,8%, o que se reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
7. Investimentos necessários: para recuperar as rodovias em São Paulo, com ações emergenciais (reconstrução e restauração) e de manutenção, são necessários R$ 6,82 bilhões. 8. Custo dos acidentes: o prejuízo gerado por acidentes foi de R$ 802,53 milhões em 2022. No mesmo ano, o governo gastou R$ 20,44 milhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte.
9. Meio ambiente: em 2023, estima-se que haverá um consumo desnecessário de R$ 62,2 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no estado. Esse desperdício custará R$ 408,80 milhões aos transportadores.
10. Investimentos: do total de recursos autorizados pelo governo federal para a infraestrutura rodoviária, especificamente em São Paulo, em 2023 (R$ 0,00 milhão), foram investidos R$ 0,37 milhão até setembro (0,00%).
Litoral Norte
A CNT avaliou a rodovia Rio-Santos, a SP-55, que cruza todo o litoral norte paulista. A avaliação classificou como “bom” o estado geral da rodovia, o seu pavimento e a geometria, mas classificou como “regular” a sinalização da rodovia. A rodovia Oswaldo Cruz, a SP-125, que liga Ubatuba até Taubaté, também, teve classificado como “regular” as condições gerias da rodovia, o pavimento, a sinalização e a sua geometria. A Tamoios que liga Caraguatatuba até São José dos Campos foi bem avaliada quanto a pavimentação e geometria.
No Vale do Paraíba, a CNT avaliou a rodovia Presidente Dutra, a Dom Pedro I e a Carvalho Pinto. A rodovia Dutra teve avaliação “bom” quanto ao seu estado geral, pavimento, sinalização e geometria. No ranking geral, a Dutra ocupa a 57ª posição, melhorando sensivelmente a sua classificação que no ano passado era 70ª colocada no ranking nacional.
A rodovia Carvalho Pinto também melhorou bem suas condições em comparação a avaliação feita no ano passado pela CNT. A rodovia ocupa a 19ª posição no ranking nacional. No ano passado ocupava a 31ª posição no ranking nacional. A rodovia Dom Pedro I piorou suas condições, segundo a CNT, ocupava no ano passado a 18ª posição e este ano, ficou na 27ª posição no ranking nacional.
A Br-101, que corta boa parte do litoral brasileiro, incluindo o litoral norte paulista e a costa sul-fluminense, teve avaliação em seus 3.731 kms percorridos. A pesquisa apurou que a rodovia tem 577 kms em ótimas condições(15,5%); 1.612 kms em boas condições(43,2%); 1.150 kms em situação regular( 30,8%); 354 kms em condições ruins(9,5%); e, 38 kms em péssimas condições(1,0%). Confira abaixo: