Ubatuba sedia o festival das aves 2023 com exposições, palestras e visitas monitoradas aos locais de observação

Ubatuba sedia de hoje(4)- Dia Mundial da Ave até domingo(8) o Festival das Aves 2023. O evento ocorre no Centro Cultural Araponga, que fica na rua Hans Staden, 164, com apoio do Tamoio de Ubatuba, Ybatur, Instituto Profauna, Promata, Coa Costa VerdeAzul e Ubatuba Açaí, entre outros.

 

Segundo o fotógrafo e observador Carlos Rizzo, um dos maiores conhecedores de aves do litoral norte paulista, haverá exposições de fotos de aves , palestras, debates e visitas guiadas à locais de observação de aves. Ubatuba é a cidade do litoral norte e sul-fluminense com mais espécies de aves.

Rizzo, de 70 anos, pratica a observação de aves desde os 12 anos de idade. “Em Ubatuba, começamos a tratar a observação como um atrativo turístico a partir de 2004. Hoje, essa atividade ou hobby, está consolidada no munícipio que recebe turistas nacionais e internacionais apenas para observação de aves.

Durante um minicongresso de observação realizado em 2005 constatou-se a existência de 565 espécies de aves no município de Ubatuba. Um levantamento mais atual, do Wikiaves, informa que Ubatuba possuí 532 espécies de aves. Angra dos Reis e Ilhabela aparecem com cerca de 500 espécies de aves cada uma.

A ave símbolo de Ubatuba é o Tangará Dançador(Foto), conforme projeto de lei, de autoria do então vereador Charles Medeiros, aprovado pelo legislativo em 2004.  “O Tangará possui as cores da bandeira de Ubatuba e, tem o costume caiçara de dançar”, justificou Medeiros, um dos incentivadores da observação de pássaros no município.

Ubatuba possuí vários locais para observação de pássaros, inclusive, com estrutura para receber observadores e fotógrafos do Brasil e do exterior. A abundância e diversidade de aves é grande no Sertão da Quina, Sertão Folha Seca, na região sul e, também, Fazenda Argelim, no Perequê-Açu.  Na região norte, os pontos ideais de observação ficam no Sertão do Poruba e na Praia da Fazenda.

“O Sertão da Folha Seca, na Praia Dura, é referencial mundial na observação de beija flores. O Brasil possui 65 espécies de beija flores, no Sertão da Folha Seca pode-se observar 25 espécies deste tipo de ave”, conta Rizzo. Ele lembra que se especializou em aves da mata atlântica e que já percorreu todo o litoral entre o Rio Grande do Sul até a Bahia para observar, identificar, fotografar e catalogar as espécies de aves.

Carlos Rizzo, um dos mais conceituados profissionais em observação de aves no litoral norte paulista

Junto como Roberto Pitui, do grupo Promata, do Sertão da Quina e seu filho, Giulio Rizzo, também fotografo e observador, Carlos vai recepcionar alunos da rede escolar do município para contar sobre a observação de aves. E, pretende, aproveitar o apoio de ambientalistas do Tamoio de Ubatuba, para defender a limpeza das praias e a preservação do jundu, uma planta típica litorânea.

“O Jundu  é importantíssimo para a proteção das praias e para as aves migratórias. Essa espécie de ave não consegue pousar em arvores, usa o jundu para se alimentar e repousar”, alerta Rizzo. Isso tudo será um dos temas do ato em defesa das aves praieiras, que será realizado às 10 horas, de sábado, dia 7, com a participação de observadores e ambientalistas.

Ainda no sábado, às 18 horas, haverá uma roda de conversa com o tema: Alternativas para o desenvolvimento da observação de aves em Ubatuba. As inscrições para as saídas monitoradas devem ser feita através do whatsApp 12-99754-3555.

 

 

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