Das nove mortes violentas registradas na região em agosto, cinco delas ocorreram em Ubatuba, segundo dados da SSP-SP; no mesmo período do ano passado foram apenas três mortes no Litoral Norte
O Litoral Norte registrou em agosto nove homicídios. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, divulgados ontem, segunda-feira(25), agosto foi o mês com maior numero de mortes violentas registradas na região nos primeiros oito meses do ano. Em agosto de 2022, foram contabilizados três homicídios na região.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, os maiores números de mortes tinham sido registrados nos meses de janeiro(seis homicídios) e março(seis homicídios). Em maio, foram cinco homicídios. Em abril, três. Em junho, três. Os meses com menor número de homicídios foi fevereiro, com duas mortes violentas e, em junho, outras duas. Caraguatatuba lidera o número de mortes violentas com 23 homicídios e 24 mortes registradas entre janeiro e agosto de 2023.
Ainda no mês de agosto, segundo a SSP-SP, o Litoral Norte registrou nove vítimas de homicídios, seis tentativas de homicídios, 15 estupros, 66 roubos a mão armada, três roubos de veículos e 366 ocorrências de furto.
Homicídios
Nos oito primeiros meses do ano, de janeiro até agosto, a região contabiliza 36 homicídios, 37 vítimas de homicídio, 51 vítimas de homicídio, um latrocínio, 132 estupros, 555 roubos a mão armada, 21 roubo de veículos e 3.162 furtos.
Em comparação ao mesmo período do ano passado houve uma redução no número de mortes violentas nas cidades da região. Entre janeiro e agosto de 2022 foram registrados 49 homicídios, sendo 22 em Caraguatatuba, 18 em Ubatuba, sete em São Sebastião e dois, em Ilhabela.
Em agosto deste ano(2023), Ubatuba liderou o número de homicídios na região, com cinco casos; em São Sebastião e Caraguatatuba foram registrados dois homicídios em agosto; e, em Ilhabela, não ocorreu nenhum homicídio em agosto.
Nos primeiros oito meses do ano, Caraguatatuba foi a cidade com maior número de homicídios na região: 23 casos. Caraguatatuba também liderou o número de tentativas de homicídios no período com 22 ocorrências.
Em Ubatuba, foram nove homicídios entre janeiro e agosto. Em agosto foram registradas cinco mortes. Entre janeiro e agosto, Ubatuba registrou 13 tentativas de homicídio.
Em São Sebastião, foram três homicídios nos primeiros oito meses do ano. Dois homicídios foram registrados em agosto. A cidade contabilizou nos primeiro oito esses do ano oito tentativas de homicídio.
Ilhabela registrou apenas um homicídio entre janeiro e agosto. Foram oito tentativas de homicídio em oito meses. A cidade é considerada a mais segura na região onde nos primeiros oito meses do ano foram registrados 36 homicídios.
Estupro
Em agosto, foram registrados 15 estupros na região: sete, em São Sebastião; cinco, em Caraguatatuba; dois, em Ilhabela; e, um, em Ubatuba. Entre janeiro e agosto foram 132 casos: 53 em Caraguatatuba; 35 em São Sebastião; 28 em Ubatuba; e, 16 em Ilhabela.
Roubo
Foram 55 roubos a mão armada na região entre janeiro e agosto: 242 deles em Caraguatatuba; 205 em Ubatuba; 93 em São Sebastião; e, 15 em Ilhabela. Neste período foram contabilizados 21 roubos de veículos: 11 em Caraguatatuba; sete em São Sebastião; três em Ubatuba. Em Ilhabela, não houve registro de roubo de veículo nos primeiros oito meses do ano.
Furtos
Entre janeiro e agosto foram registrados 3.162 furtos nas cidades da região: 1.126 em Caraguatatuba; 1050 em Ubatuba; 635 em São Sebastião; e, 351 em Ilhabela.
Estado
Segundo a SSP-SP, o Estado de São Paulo registrou queda de 10% nos homicídios dolosos nos últimos oito meses. De janeiro a agosto deste ano, foram 1.693 casos contra 1.882 no mesmo período de 2022. O número é o menor registrado para o período desde 2001, quando a série histórica começou.
No comparativo mensal, o recuo foi ainda maior, de 10,5%. Em agosto de 2022, foram 228 ocorrências, já no mesmo mês deste ano, 204. O total foi o segundo menor registrado em 23 anos, ficando atrás apenas de 2019, que teve um caso a menos no mês.
Ainda houve queda em todas as modalidades de roubo. Os de carga, nos últimos oito meses, foram os que mais recuaram, com 6,4% de casos a menos. Foram de 4.229 para 3.959 boletins. No mês passado, o indicador teve 468 casos, 0,2% a menos do que os 469 contabilizados em agosto de 2022.
Os roubos de veículos, por sua vez, diminuíram 18% em agosto, queda de 3.448 para 2.827 casos. O recuo também foi mantido no período acumulado, passando de 25.610 para 24.235 ocorrências, diminuição de 5,4%.
Nos últimos oito meses, os roubos a banco caíram de 13 para 7 ocorrências, e em agosto, de 3 para 1. Já os em geral tiveram 3,1% de casos a menos de janeiro a agosto – que terminou com 153.702 registros – e 7% no oitavo mês do ano, com 18.886 boletins.
Os latrocínios também recuaram, alcançando o menor número para o período acumulado desde 2001, quando a série histórica começou. A queda foi de 1,9% de janeiro a agosto, de 105 para 103. No mês, porém, houve dois casos a mais, com 9 registros.
Os estupros aumentaram 10,7% em agosto, de 1.180 para 1.306, e 13,7% nos oito meses do ano, de 8.401 para 9.554. O crime é o que tem o mais alto índice de subnotificação. Por isso, de acordo com a dra. Jamila Ferrari, coordenadora estadual Delegacias de Defesa da Mulher, o aumento de registros indica que agora as vítimas possuem mais confiança para procurar a polícia e denunciar os criminosos.
O aumento nos furtos em geral foi de 3,2%, com 382.966 delitos registrados entre janeiro e agosto. Apesar da alta no acumulado, o indicador caiu de 50.010 para 49.681 no mês – recuo de 0,7%.
Já os furtos de veículos foram de 8.724 para 7.903 ocorrências, registrando queda de 9,4% em agosto. No entanto, no acumulado, houve 62.972 boletins, alta de 1,3%.