Eletronuclear instala internet em aldeias e quilombos de Angra dos Reis e Paraty

Mais de 570 famílias foram contempladas pela iniciativa

Com o objetivo de promover a inclusão digital e melhorar a qualidade de vida de nove comunidades tradicionais da Costa Verde fluminense, a Eletronuclear realizou a instalação de internet em seis aldeias e três quilombos das cidades de Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro. A iniciativa, que teve início em junho, foi concluída na quarta-feira (12), levando conectividade a 578 famílias.

O projeto – que vai garantir o serviço de maneira ilimitada, além da sua manutenção durante cinco anos – faz parte do conjunto de ações socioambientais promovidas pela empresa em atendimento à condicionante estabelecida pelo Ibama para a Licença de Operação da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis.

“Levar esse benefício para áreas de difícil acesso é muito importante para o progresso da sociedade. A exclusão social precisa ser substituída por oportunidades de conhecimento, educação e comunicação. Esse é o nosso objetivo”, explica o presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court.

A iniciativa teve início no dia 19 de junho nas aldeias Karai-Oka, Itaxi-Mirim, Itaxi Kanaa Pataxó e no quilombo Campinho da Independência, em Paraty. No dia seguinte, a internet foi instalada na aldeia Rio Pequeno, na mesma cidade, e no quilombo Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis. No dia 22 do mesmo mês, a aldeia Sapukai – localizada na Terra Indígena Guarani do Bracuí, também em Angra – foi igualmente contemplada. Em julho, o serviço chegou à aldeia Arandu-Mirim, em Paraty, e ao quilombo Alto da Serra do Mar, em Rio Claro.

“Estou aqui desde 1958 e nunca imaginei ter uma oportunidade como essa, de poder falar com quem eu quiser. Tenho 37 netos e bisnetos. Hoje, a gente vai evoluir. Para as crianças, vai valer muito”, comemora Benedito Bernardo Leite, de 79 anos, integrante do quilombo Alto da Serra do Mar, em Lídice, distrito de Rio Claro. Assim que a internet chegou ao local, ele conversou, após anos, por uma chamada de vídeo, com uma irmã que mora longe.

Além de facilitar a comunicação entre familiares distantes, a medida vai possibilitar uma série de benefícios para os moradores dessas comunidades, em especial crianças e adolescentes, que poderão ampliar os estudos por meio de recursos multimídias e outros materiais educativos, disponíveis no ambiente virtual. Entretanto, a ampliação do acesso ao conhecimento não ficará restrita a esse público.

É o caso da vice-cacique da aldeia Karai-Oka, Marcia Parai da Silva, que dá aulas na comunidade. “Eu fiz o ensino médio e o magistério em Santa Catarina; precisei sair daqui para estudar. Hoje, faço faculdade de pedagogia à distância. A internet vai me ajudar bastante. Eu quero expandir o meu conhecimento para atender a minha aldeia, meus alunos. Estou muito feliz por isso”, conta a professora.

O projeto da Eletronuclear contribuirá ainda para a preservação da cultura e língua dos povos tradicionais, permitindo compartilhar e preservar tradições e idiomas típicos. A conectividade também vai oferecer oportunidades profissionais para os quilombolas e indígenas, já que muitos costumam vender produtos artesanais para gerar renda.

O acesso à internet nestas comunidades é desigual devido a desafios de infraestrutura e localização. Por esse motivo, o processo não foi simples. “Enfrentamos muitos obstáculos para promover a inclusão digital nesta região. Desta forma, ver o resultado de todo esse esforço coletivo é muito gratificante. A Eletronuclear se empenha em causas como esta, que, mais do que uma obrigação, são uma missão que abraçamos”, finaliza a chefe da Assessoria de Responsabilidade Socioambiental da Eletronuclear, Ana Beatriz Julião.

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