Popular nos botecos brasileiros, o Rabo de Galo vem ganhando destaque em bares da alta coquetelaria e se consolidando com um dos principais coquetéis para a divulgação da cachaça ao lado da Caipirinha.
O tradicional “Rabo de Galo”, mistura de cachaça com vermute Cinzano, coquetel brasileiro inventado na década de 50, pretende conquistar o mercado internacional. Na segunda-feira, dia 13, acontece em São Paulo, no Hotel Leques, a quarta edição do Concurso Rabo de Galo.
Com organização do Mestre Derivan, a ideia do evento é criar uma cena para este coquetel que o eleve a uma projeção internacional e, quem sabe, figurar junto com a nossa querida caipirinha na lista do IBA (International Bartenders Association).
Além da competição, o público também terá contato com a preparação de coquetéis, já que o evento tem degustação das cachaças patrocinadoras, que levam os próprios bartenders no dia da competição, o que fomenta a promoção da ideia da cachaça presente a coquetelaria.
História
O Rabo de Galo foi inventado nos idos de 1950, quando a fábrica da Cinzano se instalou em São Paulo. Querendo atender ao público de imigrantes italianos, foi-se percebido pela fabricante que as pessoas estavam encantadas com o “ouro líquido brasileiro”.
Foi assim que a marca de bebidas resolveu promover um coquetel que unisse os dois: aí surgiu o Cocktail – nome que foi adaptado para a tradução literal do inglês para português: Rabo de Galo.
Para a promoção da marca na época, a Cinzano distribui nos bares copos que tinha um traço, que marcava exatamente a dosagem de cachaça e vermute. Foi daí que no Rio de Janeiro o coquetel ganhou o nome de ‘Traçado’, que é de fato o mesmo drinque.
No início o Rabo de Galo tinha uma proporção de 2/3 de cachaça para 1/3 de vermute, mas atualmente não existe uma ficha técnica exata, e pode-se substituir o amaro por Cynar ou o Carpano, usar gelo e para finalizar um zest de laranja ou limão.
Agregar outros ingredientes não é pecado para este coquetel e está aí a graça do concurso. No primeiro ano, o vencedor foi o chefe de bar do Balaio IMS, Rafael Welbert, que trouxe na proposta uma releitura que levava um blend de cachaças, licor de jabuticaba com especiarias, vermute tinto e tintura de café.
No segundo ano Paulo Leite levou o troféu pra casa com sua versão acrescida com uma guarnição de formiga saúva ressecada, que trouxe notas de capim limão, sabor característico do inseto.
Na terceira edição, Cassio Euzébio da Silva foi o autor da receita que levou o primeiro lugar. No drink cachaça envelhecida em carvalho e bálsamo, vermute com nibs de cacau e casca de laranja-baía, licor de baunilha com cumaru, amaro e um palito de chocolate com especiarias na decoração.
“Difundir o consumo do Rabo de Galo, aqui e no exterior, é bom para todo mundo. É bom para o produtor, porque diversifica o uso da cachaça, para o profissional de bar, pois tem mais um atrativo para sua casa, e para o país. É um drink que representa a nossa cultura”, diz Derivan.
Entre alguns dos patrocinadores já confirmados, estão a Cachaça Tiê, Weber Haus, Cahaçaria Gouveia Brasil, Wiba, Mato Dentro, Dose Clássica, Engenho Cantareira, 51, Batista, W!, Famigerada, Pindorama, Ouro 1 e o IBRAC – Instituto Brasileiro da Cachaça.
IV Concurso Rabo de Galo
Dia 13/12 a partir das 13hs
Hotel Leques Brasil
Rua São Joaquim, 216 Liberdade, São Paulo