Defesas Civis do Estado de São Paulo e de São Sebastião criam “cartilha” para moradores de área de risco

As Defesas Civis da Prefeitura de São Sebastião e do Estado de São Paulo lançará nos próximos dias uma cartilha de políticas públicas com orientações e informações para o retorno seguro das famílias atingidas pela catástrofe de 19 de fevereiro às casas já liberadas pelos órgãos.

O documento foi apresentado para os membros do Gabinete de Gerenciamento de Risco e será usado para que a população das chamadas ‘casas amarelas’ possa ter um melhor entendimento sobre o retorno, sanando suas principais dúvidas.

 

Pelo pacote de reconstrução do Estado, conforme o secretário da Gerência Executiva do Litoral Norte, coronel André Porto, esses moradores serão cadastrados no próximo empreendimento da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no município.

Também tem a possibilidade de ocupação em abrigo por tempo determinado, visando amparo inicial para busca de imóveis para locação e, por fim, a entrega de kits da linha branca, como geladeira e fogão.

Caberá ao município, a possibilidade do auxílio aluguel; a criação de 300 vagas de empregos em programas municipais, entrega de kits alimentação e cesta básica por tempo determinado, mediante critérios de cada Secretaria envolvida no projeto.

De acordo com os órgãos, essas ações são balizadas por três fortes pilares: Atendimento Humanizado, Ação Individualizada e o Retorno Seguro. “Com base nesses pilares, podemos iniciar o retorno das famílias que foram identificadas como seguras conforme critérios técnicos”, destacou o coronel Porto.

Referência

Durante a reunião, o grupo contou com a presença de integrantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que estão em São Sebastião realizando o remapeamento das famílias afetadas pelas chuvas de fevereiro. A ação faz parte do Projeto Recomeço, realizado pelo Instituto Verdescola, e vai entender as necessidades das famílias das comunidades Vila Sahy e Baleia Verde.

Os gerentes executivos da FGV, André Andrade, Aldo Labaki e Rodrigo Gonçalves relataram que, por meio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a

Fundação desenvolve o Plano de Medidas Adaptativas para as cidades de Salvador (BA) e Recife (PE) no sentido inverso do que ocorreu em São Sebastião.

“Viemos ver na prática o que desenvolvemos na teoria sobre essas medidas para replicar as ideias de prevenção de acidentes e São Sebastião é um caso para ser difundido por todo o Estado”, apontou André Andrade. “O que vocês estão fazendo aqui fará a diferença no futuro”, complementou.

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