Defesa Civil de São Sebastião quer manter em hotéis e pousadas apenas famílias que tiveram suas casas condenadas

Segundo a Defesa Civil mais de 1 mil pessoas foram para hotéis e pousadas, mas está sendo feito um cruzamento das listas dos abrigados e os cadastrados no programa social para que realmente sejam alojadas na rede hoteleira apenas as famílias que são de área de risco e tiveram suas casas afetadas.

 

O diretor do Departamento de Proteção e Defesa Civil do Estado, tenente coronel Rinaldo Araújo Monteiro, fez um alerta sobre os critérios para a transferência de desabrigados para hotéis e pousadas na Costa Sul de São Sebastião.

A orientação foi repassada na reunião da manhã desta segunda-feira (6) com as Forças de Segurança que participam do Gabinete de Gerenciamento de Crise no município e que foi criado após a catástrofe do dia 19 de fevereiro, deixando 64 mortos e quase 2 mil  desabrigados e desalojados.

Conforme o coronel Monteiro, só podem ser abrigados nos locais, custeados pelo Governo do Estado, os moradores que foram devidamente cadastrados no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e que tiveram suas moradias atingidas. Atualmente, mais de 1 mil pessoas estão nos hotéis e pousadas do município, mas essa situação pode ser alterada conforme a entrada ou saída dos identificados.

“É importante reforçar essa comunicação porque estamos fazendo um cruzamento das listas dos abrigados e os cadastrados no programa social para que realmente sejam atendidas as pessoas que são de área de risco e tiveram suas casas afetadas”, frisou o diretor.

São essas pessoas cadastradas nas Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Social (SEDES) e de Habitação e Regularização Fundiária (SEHAB) que, posteriormente, serão transferidas para as Vilas de Passagens, unidades habitacionais modulares, que devem ser construídas no prazo inicial de até 30 dias, onde essas pessoas ficarão até a construção das habitações definitivas.

A previsão, segundo o governador Tarcísio de Freitas, é que as casas sejam entregues em 180 dias após a liberação dos terrenos, já indicados pela Prefeitura de São Sebastião, e contrato com a empresa que fará a construção.

“Eles vão ver os governos trabalhando para que possam ter uma vida digna restabelecida, ter ciência que a construção está em andamento, que são acolhidos. Lembrando que eles tiveram um livramento e tem uma nova oportunidade de vida que não significa retornar para um local onde não existe segurança”, disse o governador.

Monitoramento

Ainda durante a reunião, foi informado que as casas atingidas continuam com monitoramento das equipes do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), que engloba o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPA) e Instituto de Geologia (IG), do Governo do Estado e Defesas Civis de São Sebastião e de Maceió (AL).

A Secretaria de Serviços Públicos continua auxiliando na retirada de móveis das casas que já tem laudo para serem desmontadas. As ações já ocorrem no Itatinga, onde cinco ações já foram concluídas e na Vila do Sahy onde duas também já foram atendidas pela Operação Desmonte.

Retorno Navio

De acordo com a Marinha do Brasil, o Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico” (NAM) retorna nesta segunda-feira (6) para a praia de Juquehy, na Costa Sul do município. Ele foi para Santos no último final de semana para passar por reabastecimento de água, alimentação e combustível, além da troca de fuzileiros navais.

A embarcação móvel está em Barra do Sahy, assim como o hospital de campanha. O navio serve de apoio aos fuzileiros navais e equipes de saúde que atuam em terra nas tarefas de desobstrução de vias; distribuição de materiais e gêneros alimentícios doados; atendimento médico no Hospital de Campanha; e equipe médica móvel em locais com acessos críticos.

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