A pista de acesso ao litoral norte, interditada desde fevereiro de 2015, deverá ser liberado ao tráfego dentro de 45 dias. Motorista usam desvio, utilizando a pista contrária, que dá acesso até São José dos Campos, para seguir em direção até Caraguatatuba
A Concessionária Tamoios deu início a recuperação do trecho do km 52, da Tamoios, em Paraibuna. No local, existe um desvio desde fevereiro de 2015. A encosta deslizou e encobriu a pista que dá acesso ao Litoral Norte. O DER fez um desvio utilizando uma pista que leva até São José dos Campos para ida ao litoral.
Durante cerca de oito anos (o trecho foi interditado no dia 15 de fevereiro de 2015) o Estado e a Concessionária discutiram, inclusive na justiça de Paraibuna, quem seria responsável pelas obras de recuperação do trecho.
No final do ano passado, Concessionária e o Estado chegaram num acordo. E, as obras de regularização do trecho foram iniciadas. Segundo informou o vice-governador Felicio Ramuth, através de suas redes sociais, as obras do talude do km 52 devem durar 45 dias.
Em janeiro deste ano, em reunião com prefeitos em São José dos Campos, o vice-governador anunciou que o Estado liberaria R$ 300 milhões para conclusão das obras da Tamoios, inclusive para resolver, segundo ele, ” um problema que existe há sete anos na estrada, um desvio na altura do km 52, no trecho de planalto, ocorrido por causa de um barranco que desmoronou na localidade e tomou parte da pista”.
Uma foi divulgada pelo vice-governador, mostra equipamentos e homens trabalhando no local onde a encosta deslizou em fevereiro de 2015. Boa parte da pista já foi desobstruída. Devem ser feitas ainda obras para contenção da encosta.
Entenda
Apesar de ser considerada uma das rodovias mais modernas do país, a Tamoios mantém um desvio no km 52, em seu trecho de planalto. As obras no trecho foram iniciadas e devem ser concluídas em 45 dias.
O desvio no Km 52 da Rodovia dos Tamoios, na pista em direção ao litoral, no trecho de planalto, que fica no município de Paraibuna, existe desde fevereiro de 2015, causado pelo deslizamento de encosta durante fortes chuvas ocorridas em fevereiro daquele ano.
Por um bom tempo, cerca de cinco anos, discutiu-se na justiça, na Comarca de Paraibuna, quem deve fazer as obras de contenção da encosta e liberar a pista de acesso ao Litoral Norte: o Estado, através do DER ou a Concessionária Tamoios.
Antes de assumir a estrada, em abril de 2015, a concessionária Tamoios teria feito um relatório no qual apontava os problemas no Km 52, que deveria ser resolvido pelo DER, pois tratava-se de um “passivo antigo”.
O impasse durou muitos anos. Em setembro do ano passado, o Estado repassou à concessionária Tamoios as obras de conclusão dos contornos, que estavam paralisadas desde 2018. A concessionária terá R$1,5 bilhão para concluir as obras e liberar os contornos em novembro de 2023.
A negociação de retomada dos contornos acabou colaborando para que a concessionária aceitasse fazer as obras necessárias para acabar com o desvio no Km 52. O início e conclusão das obras no trecho ainda dependem da aprovação do projeto e do cronograma que será elaborado pela concessionária. A informação é de que as obras no km 52 devem ser iniciadas até agosto de 2022.
O desvio no Km 52 sempre foi perigoso, principalmente, durante o período noturno. Após reclamações dos usuários, a concessionária Tamoios reforçou a sinalização no trecho com cones. Quem costuma circular pelo trecho, onde é preciso “adentrar” a pista contrária, conhece bem os riscos. Aqueles que viajam pela primeira vez na rodovia, se assustam com o desvio, que os leva a pista contrária. Isso vem ocorrendo desde 2015.
No final do ano passado, a concessionária informou que o projeto de recuperação do km 52 seria entregue à ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) nos próximos 30 dias. A agência confirmou que o plano de obra está em fase de elaboração e que as intervenções serão definidas depois da conclusão do projeto.
O talude fica no trecho de planalto no município de Paraibuna, em direção ao litoral. A obra no local é aguardada há mais de cinco anos, pois durante esse período o tráfego tem sido desviado por conta dos taludes rompidos.