O grande número de banhistas no Litoral Norte, devido a temporada de verão, fez crescer, também, a presença de pombos nas areias das praias da região.
As aves, que oferecem risco a saúde, são atraídas por alimentos deixados nas areias pelos banhistas e frequentadores dos quiosques.
Os pombos transmitem doenças graves através de suas fezes, por isso, é bom manter distância dessas aves na praia (Leia texto abaixo).
As aves são encontradas em maior número em praias com maior concentração de quiosques e banhistas. Atraídas por restos de porções ou alimentos deixados na areia.
Em Caraguatatuba, por exemplo, é comum ver dezenas de pombos circulando pelas areias das praias Martim de Sá e do Indaiá, duas das mais frequentadas na cidade.
Essas aves, que também, são encontradas em praias de Ubatuba, Ilhabela e São Sebastião, podem causar várias doenças, algumas graves, que podem levar à morte ou deixar sequelas.
O ideal é não deixar alimentos na areia da praia ou nas mesas dos quiosques. Tudo deve ser acondicionado de maneira segura, principalmente, restos orgânicos.
Segundo especialistas, não havendo comida, a ave tem a sua capacidade de reprodução reduzida e migra para outros locais em busca de sobrevida(alimentos).
Prefeitura
Sobre a demanda de pombos, a Prefeitura de Caraguatatuba informa que o Centro de Controle de Zoonoses realiza vistorias, após registro de denúncias no Canal 156, para identificar o problema e promover orientações para prevenção.
Lembrando que os principais problemas são abrigos, que possibilita formação de ninhos, alimentação e disposição inadequada do lixo. Importante salientar que o CCZ não realiza medidas para retirada de ninhos/ovos, controle químico, tampouco barreiras mecânicos, ficando a cargo a contratação de serviços especializados por parte do comerciante.
Entre as orientações passadas ao comerciante estão: não alimentar os pombos para que eles tenham sua função na natureza e sua população permaneça controlada; recolher sobras de alimentos de animais domésticos, aves de gaiola e criações, para não atrair pombos, ratos e baratas; que o hábito de fornecer alimentos para pombos acarreta desequilíbrio populacional com proliferação excessiva dessas aves, desencadeando problemas para o meio ambiente e afetando a qualidade de vida das pessoas; as aves, na natureza, tem uma função muito importante de controlar os insetos e replantar as sementes das plantas que comem.
Segundo o CCZ de Caraguatatuba, ao receber alimento, as aves deixam de buscar na natureza alimentos adequados à sua dieta, como grãos, frutos e insetos; a oferta ou escassez de alimentos influencia a reprodução dos pombos; entre outras. Folders com orientações são distribuídos aos comerciantes dos quiosques instalados nas praias da cidade.
Doenças
Existem recomendações por parte do Ministério da Saúde para que seja evitada a proliferação de pombos nas praias.
Entre elas, de não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos, que os quiosques acondicionem corretamente o lixo em recipientes fechados e que os banhistas nunca alimentem os pombos.
O Ministério da Saúde divulgou algumas das doenças transmitidas pelos pombos. Confira:
– salmonelose: doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pela ingestão de alimentos contaminados com fezes animais;
– criptococose: doença provocada por fungos que vivem no solo, em frutas secas e cereais e nas árvores; e isolado nos excrementos de aves, principalmente pombos;
– histoplasmose: doença provocada por fungos que se proliferam nas fezes de aves e morcegos. A contaminação ao homem ocorre pela inalação dos esporos (células reprodutoras do fungo);
– ornitose: doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pelo contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos;
– meningite: inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.