Desvio no Km 52 congestiona tráfego na Tamoios; trecho improvisado vai completar 8 anos

A rodovia dos Tamoios recebeu ontem, domingo(dia 1°)  e na manhã desta segunda-feira, dia 2, um movimento intenso de veículos. O desvio existente no Km 52, em Paraibuna, tem causado congestionamentos e lentidão tanto para quem viaja em direção ao litoral norte como para quem segue  até São José dos Campos.

Os usuários da rodovia dos Tamoios estão inconformados com o desvio que existe há 7 anos no Km 52. Na manhã desta segunda-feira, dia 2, novos congestionamentos foram registrados no local, um desvio que fica no trecho do planalto, em Paraibuna.

O desvio existe desde 2015, devido a um desmoronamento de encosta às margens do trecho da estrada que segue em direção ao Litoral Norte.

O Estado investiu cerca de R$ 3 bilhões na duplicação da Tamoios, mas as obras necessárias para regularização do Km 52 não foram até hoje executadas pela concessionária que administra a Tamoios desde 2015, apesar da cobrança de pedágio por quem utiliza a rodovia.

“Muito congestionamento por causa do desvio do km 52”, contou o engenheiro Pedro Henrique, que seguia de Caraguatatuba até São José dos Campos na manhã desta segunda(2).

Segundo o engenheiro, o congestionamento está sendo provocado pelo desvio, sinalizado por cones pela concessionária.

No km 52, os veículos que seguem em direção ao litoral norte são obrigados a utilizarem uma faixa da pista contrária (que dá acesso até São José dos Campos) para cruzarem o trecho interditado desde 2015 devido a desmoronamento de uma encosta(leia texto abaixo).

Com a interdição da pista em direção ao litoral norte, a pista contrária foi dividia em duas mãos, uma para quem segue em direção até Caraguatatuba e a outra, para quem segue em direção até São José dos Campos.

Os carros que seguem pelos dois sentidos, no desvio, são obrigados a reduzirem a velocidade para passar pelo trecho. “O trânsito estava bem intenso, ocasionando congestionamento nos dois sentidos”, contou o engenheiro.

A Concessionaria Tamoios informou no ano passado que as obras do desvio seriam iniciadas, após um acordo entre a concessionaria e o DER, que desde 2015 “brigam” na justiça para decidir quem é responsável pela obra no km 52.

Entenda

 

 

Km 52

Apesar de ser considerada uma das rodovias mais modernas do país, a Tamoios mantém um desvio no km 52, em seu trecho de planalto. As obras no trecho devem ser realizadas pela concessionária, mas até agora nada foi feito no local.

O desvio no Km 52 da Rodovia dos Tamoios, na pista em direção ao litoral, no trecho de planalto, que fica no município de Paraibuna, existe desde fevereiro de 2015, causado pelo deslizamento de encosta durante fortes chuvas ocorridas em fevereiro daquele ano.

Por um bom tempo, cerca de cinco anos, discutiu-se na justiça, na Comarca de Paraibuna, quem deve fazer as obras de contenção da encosta e liberar a pista de acesso ao Litoral Norte: o Estado, através do DER ou a Concessionária Tamoios.

Antes de assumir a estrada, em abril de 2015, a concessionária Tamoios teria feito um relatório no qual apontava os problemas no Km 52, que deveria ser resolvido pelo DER, pois tratava-se de um “passivo antigo”.

O impasse durou muitos anos. Em setembro do ano passado, o Estado repassou à concessionária Tamoios as obras de conclusão dos contornos, que estavam paralisadas desde 2018. A concessionária terá R$1,5 bilhão para concluir as obras e liberar os contornos em novembro de 2023.

A negociação de retomada dos contornos acabou colaborando para que a concessionária aceitasse fazer as obras necessárias para acabar com o desvio no Km 52. O início e conclusão das obras no trecho ainda dependem da aprovação do projeto e do cronograma que será elaborado pela concessionária. A informação é de que as obras no km 52 devem ser iniciadas até agosto de 2022.

O desvio no Km 52 sempre foi perigoso, principalmente, durante o período noturno. Após reclamações dos usuários, a concessionária Tamoios reforçou a sinalização no trecho com cones. Quem costuma circular pelo trecho, onde é preciso “adentrar” a pista contrária, conhece bem os riscos. Aqueles que viajam pela primeira vez na rodovia, se assustam com o desvio, que os leva a pista contrária. Isso vem ocorrendo desde 2015.

No final do ano passado, a concessionária informou que o projeto de  recuperação do km 52 seria entregue à ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) nos próximos 30 dias. A agência confirmou que o plano de obra está em fase de elaboração e que as intervenções serão definidas depois da conclusão do projeto.

O talude fica no trecho de planalto no município de Paraibuna, em direção ao litoral. A obra no local é aguardada há mais de cinco anos, pois durante esse período o tráfego tem sido desviado por conta dos taludes rompidos.

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