“A ilha em nós” é organizada pelo Setorial de Artes Visuais da Fundart
Visitantes da Ilha Anchieta, em Ubatuba, agora têm um “plus” durante o passeio: até o dia 30 de março, aniversário do local, é possível conferir a exposição artística “A ilha em nós”, realizada no Pavilhão Central na Ilha Anchieta e aberta ao público de quinta a terça-feira das 9h às 17h.
A iniciativa conta com mais de 30 obras e é uma realização do Setorial de Artes Visuais da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba – Fundart, com o apoio da Fundação Florestal do Estado de São Paulo – Parque Estadual Anchieta (PEIA) e de empresários.
A exposição “A ilha em nós” nasceu a partir de um projeto de imersão em alguns lugares da cidade, feito por artistas locais pelo período de um ano. Segundo a organização, “a Ilha Anchieta, local de extrema importância para nossa História e para o meio ambiente, tornou-se um dos focos da nossa pesquisa”.
Ainda segundo o grupo, a expectativa é que, de alguma forma, os visitantes – moradores ou turistas – sintam-se tocados com a exposição, enquanto seres humanos, responsáveis pela preservação histórica e ambiental de nossas riquezas, independente do lugar de sua origem
Artistas participantes: Adriana Ramalho, Ana Bedoya, Bárbara Bigosinski, Edu Thomé, Erica Sanches, Estela Carvalho, Katia Zirnberger, Jimena Correa, Larissa Schirmanoff, Li Santos, Maikon Rogerio, Marenise Pereira, Maria Capai, Milena Bigosinsk, Pedrinha, Pedro Santana, Rosana Gaeta.
Mais informações pelo telefone (12) 3842-1231.
Ilha Anchieta
A Ilha Anchieta, hoje Parque Estadual, é a segunda maior ilha do estado de São Paulo, com cerca de 826 km². A ilha era conhecida como “ilha dos porcos” até 1908 quando foi instalada a Colônia Correcional do Porto de Palmas, prisão para os bandidos mais perigosos da época. O projeto arquitetônico fi feito por Ramos de Azevedo, contava com oito celas com capacidade para 60 prisioneiros.
A partir de 1928 a Colônia Penal passou a receber presos políticos, tornando-se o primeiro presídio de segurança máxima do Estado de São Paulo. Em 21 de junho de 1952, 300 presos amotinados tomaram as instalações da Ilha Anchieta. A revolta causou a morte de mais de 100 pessoas e foi determinante para o fechamento do presídio em 1955, depois de três anos de julgamentos. Além dos presos, civis e militares foram vítimas do motim. Mulheres e crianças chegaram a ser colocadas em uma das celas do presídio para evitar um massacre ainda maior. Em 1977, o Governo do Estado criou o Parque Estadual da Ilha Anchieta, hoje administrado pela Fundação Florestal.
Parque Estadual Ilha Anchieta:
O Parque Estadual Ilha Anchieta (PEIA) protege a segunda maior ilha do Litoral Norte de São Paulo. Possui 828 hectares, 17 km de costões rochosos e sete praias de águas cristalinas que contrastam com o verde da Mata Atlântica, conferindo uma paisagem única. Criado em 1977, o PEIA preserva e conserva os ecossistemas naturais, amplia o desenvolvimento de pesquisas e a realização de atividades de educação ambiental. Ao turista, oferece atividades como caminhadas, mergulho e contemplação da paisagem, além do patrimônio histórico do local, que conta com um presídio desativado
Quem desejar visitar o PEIA pode evitar filas, garantindo ingresso antecipado por meio do site. O transporte de barco até a Ilha Anchieta deve ser pago aos responsáveis das embarcações (é necessário contratar o serviço à parte). O valor do ingresso ajuda a conservar o patrimônio histórico e natural da Ilha Anchieta.