Após denuncia de morte pela “bactéria comedora de carne “, autoridades se reúnem em Ubatuba para discutirem a balneabilidade das praias e o contrato com a Sabesp. Fotos: Vereadora Jaque Dutra
Representantes da Cetesb, da Sabesp, das secretarias municipais de Saúde, do Meio Ambiente e Gabinete da Prefeitura de Ubatuba, da Polícia Militar Ambiental, da Associação Náutica e vereadores estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, dia 21, em Ubatuba para discutirem sobre balneabilidade das praias, ocupações irregulares e o contrato firmado entre a Prefeitura e a Sabesp para obras de saneamento básico no município.
A reunião ocorreu após denúncia feita por um morador da cidade na tribuna da Câmara Municipal de que seu filho de 30 anos teria morrido após suspostamente contrair a “bactéria comedora de carne” em mergulhos feitos na praia do Perequê-Mirim. A morte pela bactéria Fasceíte Necrosante, conhecida popularmente como “bactéria comedora de carne” teria corrido no dia 28 de abril, segundo relato feito aos vereadores por Domício Silvestre Gomes, morador do bairro do Perequê-Mirim.
Encerrada a reunião, teria ficou definido que, dentro de duas semanas, haverá um novo encontro para apresentação das demandas ocorridas nesta quarta-feira, dia 21. Segundo dados do IBGE, de 2022, em Ubatuba 58,26% dos domicílios, ou seja, 54.171 habitantes não são atendidos pela coleta e tratamento de esgoto. Em Ubatuba, 36,01% da população afasta seus esgotos por meio de rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede. 39.900 utilizam fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede e 317 com outras soluções.81 habitantes em Ubatuba não têm banheiros nem sanitários.
Bactéria
A notícia da morte pela suposta bactéria assustou os moradores de Ubatuba e região. A Sabesp informou que tentará identificar a origem da contaminação. A Cetesb ainda não se manifestou sobre o assunto. A prefeitura se manifestou através das redes sociais.
A Prefeitura de Ubatuba emitiu uma nota, na segunda-feira, dia 19, através das redes sociais, na segunda-feira(19), alegando que está circulando nas redes sociais um boato sobre a “Bactéria comedora de carne”, por isso, através da Vigilância Epidemiológica, divulga esclarecimentos sobre a situação. Segundo a Prefeitura, todo óbito ocorrido no município passa por verificação e codificação conforme os protocolos da Vigilância em Saúde. Em situações específicas, como a mencionada, são realizadas investigações complementares, considerando fatores como causa, idade e contexto do ocorrido.
O caso citado, segundo a Prefeitura, é de conhecimento das autoridades sanitárias e foi devidamente analisado, inclusive com avaliação da Comissão de Verificação de Óbitos da instituição. Até o momento, não há evidências laboratoriais que confirmem a contaminação por meio da água do mar ou por contato com esgoto. Tampouco há registros de outros casos com vínculo epidemiológico semelhante ou aumento de notificações relacionadas a infecções por bactérias com essa mesma característica.
As equipes da Secretaria Municipal de Saúde e da Santa Casa seguem acompanhando, investigando e monitorando todos os indicadores de saúde pública no município. Ressaltamos que, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não é possível divulgar informações individuais e sensíveis de pacientes. Casos específicos devem ser tratados diretamente com a instituição responsável, mediante solicitação da família.
Sobre a questão do esgotamento sanitário no bairro Perequê-Mirim, o município reforça que mantém diálogo constante com a companhia responsável pelo saneamento básico, e eventuais denúncias de vazamentos são encaminhadas para apuração e resolução.
Vereadora
Presente à reunião na manhã desta quarta-feira, 21,na Prefeitura, a vereadora Jaque Dutra(Foto), aproveitou para protocolar dois ofícios junto a Cetesb. A vereadora solicitando informações sobre as licenças prévia e de instalação da Estação de Tratamento de Esgoto de Itamambuca e requisitou os resultados das análises realizadas nas estações de tratamento de esgoto de Ubatuba nos últimos três meses, com a indicação de eventuais não conformidades com os parâmetros estabelecidos pela legislação vigente.
A vereadora vem enfrentando muitas dificuldades no legislativo em seus requerimentos cobrando informações da prefeitura local sobre aprovação de prédios acima de 5 pavimento em praias como Itamambuca, por exemplo. Os vereadores ligados a prefeita Flávia Paschoal(PL) tem rejeitado praticamente todos os pedidos de informações feitos pela vereadora relacionados a prefeitura.